Os últimos dias de Sócrates: Kierkegaard e a ironia socrática na Apologia de Platão

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v9i1.586

Palabras clave:

Sócrates; Kierkegaard; Ironia; Apologia; Platão.

Resumen

Este artigo trata de uma leitura singular de Kierkegaard acerca de Sócrates. Segundo o filósofo dinamarquês, haveria na ironia de Sócrates um elemento mais profundo, que não só se conecta com seu método, mas também à sua própria filosofia: trata-se do negativo como ponto de vista filosófico. Assim, na leitura de Kierkegaard, toda a filosofia socrática não passa de ironia. O autor busca evidenciar sob qual atmosfera e segundo qual patologia fundamental movia-se o filósofo grego, para compreender sua postura e pensamento. A ironia é o trabalho do negativo, que no método do questionamento, exaure os conteúdos na direção do abstrato, forma conceitual vazia. E será a Apologia, escrita por Platão, o texto mais apropriado para tal investigação.

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Biografía del autor/a

Thiago Ribeiro de M. Leite, Universidade de São Paulo (USP)

Mestrando em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo – Brasil.

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Publicado

2014-06-15

Cómo citar

LEITE, Thiago Ribeiro de M. Os últimos dias de Sócrates: Kierkegaard e a ironia socrática na Apologia de Platão. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 253–264, 2014. DOI: 10.31977/grirfi.v9i1.586. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/586. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

artículos