Ceticismo e princípios epistêmicos
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v5i1.520Palabras clave:
Ceticismo; Conhecimento; Justificação; Fechamento epistêmico.Resumen
A identificação e análise de princípios epistêmicos têm possibilitado ganhos significativos no estudo do ceticismo nas últimas décadas, isso não significa que estejamos próximos de um consenso sobre quais princípios devem ser aceitos. Entendendo p como qualquer proposição que geralmente admitiríamos saber, como “aqui há uma mão”, e sk como alguma proposição incompatível, como “estou sendo enganado por um gênio que me induz a crer em coisas que não existem”, o argumento canônico para o ceticismo acadêmico pode assim ser formalizado: (1) Se S está justificado ao crer que p, então S está justificado ao crer que ~sk; (2) S não está justificado ao crer que ~sk, logo, (3) S não está justificado ao crer que p. Implicitamente, pode-se notar: o cético advoga que a relação epistêmica tida com uma proposição deve ser preservada nas proposições decorrentes dessa e, uma vez falho o cumprimento dessa exigência, resulta-se inescapavelmente no ceticismo. Para resolver essa questão, alguns filósofos rejeitaram o ceticismo negando a premissa (1). Outros, como Klein, concedem (1) ao cético, porém negam sua conclusão, apontando que este falha em sua defesa de (2). Discute-se aqui a viabilidade dessas alternativas.
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