Qual é a Grécia de Heidegger? um diálogo com Hegel e Hölderlin

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v24i2.4822

Palabras clave:

Heidegger; Grécia; Idealismo alemão; Hegel; Hölderlin.

Resumen

O objetivo deste trabalho é entender de que modo Heidegger se insere na tradição referente à filosofia alemã de retomada da Grécia Antiga e de que modo, como crítico da metafísica, este autor se diferencia dessa mesma tradição, possuindo uma maneira diversa de se relacionar com a Grécia pré-platônica a partir de seu pensamento da história. Para isso, retomamos alguns pontos chaves da relação filosófica entre Grécia e Alemanha, com intuito de estabelecer um diálogo entre Heidegger, Hölderlin e Hegel acerca do modo de entender a Grécia antiga como ponto importante na constituição da filosofia da história de cada autor, articulada pela relação entre antiguidade e modernidade. Justifica-se a escolha destes autores pela pretensão de entender a originalidade da concepção heideggeriana da Grécia, pois Hegel é o autor, pertencente ao idealismo alemão de maior influência, mesmo que confrontativamente, no pensamento da história de Heidegger; já Hölderlin é o poeta mediador da relação entre Heidegger e os gregos, além de autor excêntrico à metafísica, segundo Heidegger. Ao longo do texto, procura-se também aplicar a tese de Ricoeur de que a concepção alemã da Grécia varia entre a clássica e a arcaica e pode assumir tonalidades de nostalgia ou de luto.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marina Coelho, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutorando(a) na Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC, Brasil.

Citas

BARACCHI, Claudia. Contributions to the coming to be of greek beginnings: Heidegger’s inceptive thinking. In: HYLAND, D; MANOUSSAKIS, J. Heidegger and the Greeks. Bloomington: Indiana University Press, 2006.

DASTUR, Françoise. Hölderlin. Le retournement natal. Tragédie et modernité & Nature et poésie. Paris: Encre Marine, 1997.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do Espírito. Trad. Paulo Meneses. Rio de janeiro: Vozes, 2014.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich; NOHL, Hermann. Hegels Theologische Jugendschriften. Tübingen: J.C.B Mohr, 1907.

HEIDEGGER, Martin. Hegel e os gregos. In: HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Abril cultural, 1979. p. 206-214.

HEIDEGGER, Martin. Identidade e diferença. In: HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Abril cultural, 1979. p. 179-202.

HEIDEGGER, Martin. Recordação. In: HEIDEGGER, Martin. Explicações da poesia de Hölderlin. Trad. Claudia Pellegrini Drucker. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2013. p. 93-171.

HEIDEGGER, Martin. Hölderlin’s Hymn ‘The Ister’. Trad. William McNeil, Julia Davis. Bloomington: Indiana University Press, 1996.

HYPPOLITE, Jean. Introducción a la filosofía de la historia de Hegel. Trad. Alberto Drazul. Ediciones Calden, 1970.

LACOUE-LABARTHE, Philippe. Hölderlin e os gregos. In: LACOUE-LABARTHE, Philippe. A imitação dos modernos: ensaios sobre arte e filosofia. Trad. João Camillo Penna. São Paulo: Paz e Terra, 2000. p. 211-225.

LACOUE-LABARTHE, Philippe. A cesura do especulativo. In: LACOUE-LABARTHE, Philippe, A imitação dos modernos: ensaios sobre arte e filosofia. Trad. João Camillo Penna, et al. São Paulo: Paz e Terra, 2000. p. 181-211.

LÉONARD, André. Jacques Taminiaux, La nostalgie de la Grèce à l'aube de l'idéalisme allemand. Kant et les Grecs dans l'itinéraire de Schiller, de Hölderlin et de Hegel”. In: Revue Philosophique de Louvain. Quatrième série, tome 69, n°4, 1971. pp.594-596.

MACHADO, Roberto. O nascimento do trágico: de Schiller a Nietzsche. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

RICOEUR, Paul. “Vers la Grèce antique. De la nostalgie au deuil”, Paris: Esprit, 2013/11 (Novembro), p. 22-41.

SPANOS, William. “Heidegger's Parmenides: Greek Modernity and the Classical Legacy”. In: Journal of Modern Greek Studies, Volume 19, Number 1, May 2001, pp. 89-115.

SZONDI, Peter. Ensaio sobre o trágico. Trad. Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

TAMINIAUX, Jacques. La nostalgie de la Grèce à l'aube de l'idéalisme allemand. Kant et les Grecs dans l'itinéraire de Schiller, de Hölderlin et de Hegel. Leiden: Martinus Nijhoff, 1967.

WINCKELMANN, Johann. Réflexions sur l'imitation des oeuvres grecques en peinture et sculpture. Alerçon (Orne): Aubier, 1990.

Publicado

2024-06-30

Cómo citar

COELHO, Marina. Qual é a Grécia de Heidegger? um diálogo com Hegel e Hölderlin. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 24, n. 2, p. 162–275, 2024. DOI: 10.31977/grirfi.v24i2.4822. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/4822. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

artículos