Crítica social e política pública: rearticulando a ideia de progresso como mediação à justiça social no programa “Mais IDH”

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3137

Palabras clave:

Teoria Crítica; Crítica social; Progresso; Justiça social; Mais IDH.

Resumen

Sob o ponto de vista da teoria crítica e de uma crítica social, e mais recentemente, a ideia do progresso parece se estabelecer em uma ambivalência: de um lado, os postulados de Amy Allen encetaram uma “Aufklärung” da concepção de progresso (ao qual eu chamo de concepção “negativa”) e os seus possíveis desdobramentos para a teoria crítica bem como para a crítica social; por outro, a concepção de progresso pode ser compreendida como uma “forma positiva” na qual se orienta junto ao escopo constitutivo de uma teoria crítica ao corporificar, por exemplo, a justiça social enquanto mediação socionormativa ao processo de emancipação. Levando em consideração as assertivas supracitadas, revisitarei, nesta pesquisa, a centralidade da concepção de progresso em Amy Allen (1) para daí interpor uma ideia “positiva”. Nesse sentido, tomarei por referência socioinstitucional e empírica a política pública do programa social ‘Mais IDH’ ao qual se constitui tanto como uma resposta ao conceito de progresso em Amy Allen quanto uma condição possível de efetivação à justiça social (entendida basicamente pelas condições mínimas de existência) (2).

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Biografía del autor/a

José Henrique Sousa Assai, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Doutor(a) em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre – RS, Brasil. Professor(a) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís – MA, Brasil.

Citas

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Publicado

2023-02-26

Cómo citar

ASSAI, José Henrique Sousa. Crítica social e política pública: rearticulando a ideia de progresso como mediação à justiça social no programa “Mais IDH”. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 339–347, 2023. DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3137. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3137. Acesso em: 23 nov. 2024.

Número

Sección

artículos