Os dois lados do limite da crítica: por que o númeno faz parte da analítica?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i1.2556

Palabras clave:

Analítica transcendental; Númeno; Limite; Crítica.

Resumen

A partir da preocupação sistemática com as divisões da CRP, abordamos o terceiro capítulo da Analítica dos Princípios, incluindo também suas teses sobre a transgressão da razão e sobre o “alargamento negativo”. Nossa proposta é mostrar a especificidade do conceito de númeno frente às outras categorias do entendimento, sem perder de vista sua pertinência dentro da Analítica Transcendental. A peculiaridade desse conceito expressa de maneira privilegiada a relação da crítica com os limites do conhecimento, uma vez que númeno é uma representação posta fora da possibilidade da intuição, mas que é exposta por análise do conhecimento – e não por inferência, como seria o caso das ideias da razão. Propomos, portanto, lançar luz sobre os argumentos que, por um lado, limitam o conhecimento e, por outro, permitem ao pensamento uma via para prosseguir além da experiência. Desse modo, a posição do crítico, que na atividade de análise se desprende de interesses específicos em prol de uma investigação imparcial, consegue abarcar o dentro e o fora da delimitação conhecimento.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Paulo Santana Júnior Borges, Universidade de São Paulo (USP)

Doutorando(a) em Filosofia na Universidade de São Paulo (USP), São Paulo – SP, Brasil. Bolsista do(a) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ( FAPESP), São Paulo – SP, Brasil.

Citas

ALLISON, H. Kant’s concept of the transcendental object. In Kant-Studien vol. 59, no. 1-4, Berlin; New York: De Gruyter, 1968 (pp. 165-186)

BUNCH, A. ‘Objective Validity’ and ‘Objective Reality’ in Kant's B-deduction of the Categories. In Kantian Review v.14-2. 2010 pp 67-92.

CACCIOLA. Schopenhauer e a Questão do Dogmatismo. São Paulo, Edusp-Fapesp, 1994.

CAIMI, M. Pensamentos sem conteúdo são vazios. In Analytica vol. 6, 2001 (pp. 177-94).

CODATO, L. Kant e o fim da ontologia. In Analytica 13 (1) (2009). 39-64.

HULSHOF, M. O conceito de númeno na “Dialética transcendental”: a abertura para um uso legítimo das ideias da razão. Studia Kantiana 10 (12) (2012):5-33.

GUYER, P. Kant and the Claims of Knowledge. New York, Cambridge University Press, 1987.

KANT, I. Gesammelte Schriften. Hsrg. Akademie der Wissenschaften. Berlin/Leipzig: W. de Gruyter.

KANT, I.Crítica da razão pura. Trad. M. P. dos Santos & A. F. Morujão. Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian. 2001.

KEINERT, Crítica e autonomia em Kant: a forma legislativa entre determinação e reflexão. São Paulo (tese) USP. 2006.

KEMP SMITH, N. A Commentary to Kant's 'Critique of Pure Reason. Nova York: Palgrave Macmillan, 2003

LEBRUN, G. Kant e o fim da metafísica. Trad. C. A. Ribeiro de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

LEBRUN, G. A aporética da coisa em si. In LEBRUN, G. Sobre Kant. São Paulo: Iluminuras, 2001

LICHT, P. Algumas observações sobre a dialética transcendental: o fim da Crítica da razão pura. In Studia Kantiana, v. 6/7, 2008.

LOUZADO, G. O paradoxo das coisas em si mesmas. In O que nos faz pensar 19 (2005): 149-164.

LONGUENESSE, B. Kant et le pouvoir de juger. Paris: Pr. Universitaires de France, 1993.

MATTOS, FC. Kant e o problema da coisa em si. Perspectiva de uma reflexão racional. In Cadernos de Filosofia Alemã 5, (1999): 27-44.

SANTOS, L.R. dos. Metáforas da razão.... Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian, 1994.

SEEL, G. Die Einleitung in die Analytik der Grundsätze, der Schematismus und die obersten Grundsätze. In MOHR, G; WILLASCHEK, M (hrsg) Immanuel Kant, Kritik der reinen Vernunft. Berlin: Akademi Verlag. 1998. (pp. 217- 246).

SUZUKI, M. O gênio Romântico. São Paulo: Ed. Iluminuras, 1998.

ZÖLLER, G. Possibiliser l’expérience: Kant sur la relation entre le transcendantal et l’empirique. In GRANDJEAN (org) . Kant et les empirimes. Paris: Classiques Garnier, 2017 (pp. 99-112).

Publicado

2022-02-27

Cómo citar

BORGES, Paulo Santana Júnior. Os dois lados do limite da crítica: por que o númeno faz parte da analítica?. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 34–48, 2022. DOI: 10.31977/grirfi.v22i1.2556. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2556. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

artículos