O leitor como sujeito meditante: a maneira de demonstrar e o estilo de escrita das meditações metafísicas de René Descartes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i3.1912

Palabras clave:

Descartes; Método; Estilo; Análise; Meditação.

Resumen

Nas páginas finais das Segundas Respostas, Descartes fala sobre a maneira pela qual as teses apresentadas nas Meditações Metafísicas são demonstradas e sobre o estilo de escrita por ele adotado para esta obra. A maneira de demonstrar é a análise; o estilo de escrita é a meditação. A leitura das Meditações depende, fundamentalmente, do entendimento sobre essas duas coisas, bem como sobre a relação existente entre elas. Com o presente artigo pretendemos, em primeiro lugar, analisar o modo como Descartes entende o método de análise e o significado de meditação; e, em seguida, compreender a maneira pela qual o método de análise e o exercício da meditação se articulam para constituir a via seguida nas Meditações Metafísicas. Considerando a análise como um método de resolução de problemas, bem como o significado do estilo de escrita meditativo nos tempos de Descartes, defendemos a tese de que que meditar, para Descartes, significa penetrar-se lentamente e com atenção nos problemas a partir dos quais as Meditações são desenvolvidas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marcos Alexandre Borges, Universidade Estadual de Roraima (UERR)

Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Toledo – PR, Brasil. Professor da Universidade Estadual de Roraima (UERR), Boa Vista – RR, Brasil.

Citas

ARANGO, Iván Darío. Descartes segun el orden de los problemas. Estudios de Filosofia, n. 4, p. 11-23, 1992.

BATTISTI, César Augusto. O método de análise em Descartes. Cascavel, PR: Edunioeste, 2002.

BATTISTI, César Augusto. É possível as Meditações procederem dedutivamente e, ao mesmo tempo, necessitarem da clareza e distinção como critérios de verdade? Modernos & Contemporâneos, vol. 1, n. 2, p. 57-69, 2017.

BORGES, Marcos Alexandre. O conceito de ideia e a resolução do problema do solipsismo na metafísica cartesiana. 2020. 228 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Unioeste, Toledo.

DESCARTES, René. Œuvres. Paris: Vrin, 1996. 11 vol. Publiées par Charles Adam et Paul Tannery.

DESCARTES, René. Obras escolhidas. J. Guinsburg, Roberto Romano e Newton Cunha (Orgs.). Trad. de J. Guinsburg, Bento Prado Jr. et al. São Paulo: Perspectiva, 2010. (Textos, 24).

ALQUIÉ, Ferdinand. La découverte métaphysique de l’homme chez Descartes. Paris : PUF, 1950.

ALQUIÉ, Ferdinand. Expérience ontologique et déduction systématique dans la constituition de la métaphysique de Descartes. In: GUEROULT, Martial et al. Cahiers de Royaumont: Descartes. Paris: Éd. de Minuit, 1957. p. 10-31.

DUBOUCLEZ, Olivier. Descartes et la voie de l’analyse. Paris: PUF, 2013.

GAUKROGER, Stephen. Descartes: uma biografia intelectual. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: EdUERJ: Contraponto, 1999.

GILSON, Étienne. Études sur le role de la pensée médiévale dans la formation du système cartésien. Paris: Vrin, 1930.

GUEROULT, Martial. Descartes selon l’ordre des raisons i l’âme et Dieu. Paris: Aubier,1968. 2 v.

GUEROULT, Martial. Descartes segundo a ordem das razões. Tradução de Érico Andrade, Enéias Forlin Marisa Donatelli, César Battisti e Alexandre Soares. São Paulo: Discurso Editorial, 2016.

KAMBOUCHNER, Denis. Les Méditations métaphysiques de Descartes – Introduction générale et Première Méditation. Paris: PUF, 2005.

KAMBOUCHNER, Denis. Le Style de Descartes. Paris: Éditions Manucius, 2013.

LOPARIC, Zeljko. Descartes Heurístico. Campinas: Unicamp, 1997.

TIMMERMANS, Benoît. La résolution des problems de Descartes à Kant. Paris: PUF, 1995.

Publicado

2020-10-20

Cómo citar

BORGES, Marcos Alexandre. O leitor como sujeito meditante: a maneira de demonstrar e o estilo de escrita das meditações metafísicas de René Descartes. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 20, n. 3, p. 295–307, 2020. DOI: 10.31977/grirfi.v20i3.1912. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1912. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

artículos