Um ensaio de um “anti-orfeu”: perspectivismo cosmológico como contraponto à esferologia de Sloterdijk

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i3.1284

Palabras clave:

Eduardo Viveiros de Castro; Imunologia; Martin Heidegger; Perspectivismo; Peter Sloterdijk; Topologia.

Resumen

Este artículo problematiza el antropocentrismo en la "esferología" de Peter Sloterdijk, con su narrativa de la antropogénesis como construcción inmune de la "casa del ser", en la que el humano, rompiendo la "jaula" animal, construye esferas, islas inmunológicas de coexistencia humana. El mito de Orfeo simboliza a Sloterdijk la inmunología: al perder la amada, Orfeo reconstruye inmunológicamente el complemento, neutralizando el espectro ausente como lenguaje. En el caso de que se produzca un cambio en la calidad de vida de las personas que viven con el VIH / Sida, entre dentro y fuera y para la "antropofagia", como otra distribución topológica que permite otra relación con la alteridad que no la inmunología. Con eso, apuntamos a una "esferología desde el punto de vista del enemigo", de la alteridad, permitiendo modular la esferología, evidenciándola como diagnóstico de la autoinmunidad de esferas inmunológicas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Maurício Fernando Pitta, Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Doutorando em Filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba – PR, Brasil, com bolsa CAPES/DS da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Professor substituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia – MG, Brasil..

Citas

DALLA VECHIA, R. O(s) perspectivismo(s) de Nietzsche. Tese (Doutorado em Filosofia). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Filosofia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2014.

DANOWSKI, D; VIVEIROS DE CASTRO, E. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Desterro (Florianópolis): Cultura e Barbárie; Instituto Socioambiental, 2017.

DE ANDRADE, O. Do Pau-Brasil à antropofagia e às utopias: manifestos, teses de concursos e ensaios. Introdução de Benedito Nunes. v.4. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970. (Col. “Obras Completas”)

DELEUZE, G. A dobra: Leibniz e o barroco. 6.ed. Trad. de Luiz B.L. Orlandi. Campinas: Papirus, 2012.

DELEUZE, G. Imanência: uma vida…; L’Immanence: une vie… [ed. bilíngue]. Educação e realidade. Trad. de Tomaz Tadeu. Porto Alegre, V.27, n.2, p. 10-18, jul.-dez. 2002. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/31079>. Acesso em 14 ago. 2018.

DELEUZE, G. Espinosa e o problema da expressão. Trad. do GT Deleuze – 12, coord. De Luiz B.L. Orlandi. São Paulo: Ed. 34, 2017. (Col. “TRANS”)

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a Filosofia? Trad. de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2010. (Coleção “TRANS”)

GELL, A. Art and agency: an anthropological theory. Oxford: Clarendon, 1998.

HAN, B.-C. Topology of violence. Trad. de Amanda Demarco. Cambridge; Londres: The MIT Press, 2018.

HEIDEGGER, M. Ser e tempo; Sein und Zeit [ed. bilíngue]. Trad., org., notas etc. de Fausto Castilho. Campinas: Unicamp; Petrópolis: Vozes, 2012. (Col. “Multilíngues de Filosofia Unicamp”)

HEIDEGGER, M. Unterwegs zur Sprache. v.12. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1985. (Col. “Gesamtausgabe”)

HEIDEGGER, M. Vorträge und Aufsätze. v.7. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2000. (Col. “Gesamtausgabe”)

HOLBRAAD, M; PEDERSEN, M. The ontological turn: an anthropological exposition. Cambridge: Cambridge University Press, 2017.

INGOLD, T. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Trad. de Fábio Creder. Petrópolis: Vozes, 2015.

KOPENAWA, D; ALBERT, B. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Trad. de Beatriz Perrone-Moisés; prefácio de Eduardo Viveiros de Castro. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

LAPOUJADE, D. Deleuze, os movimentos aberrantes. Trad. de Laymert G. dos Santos. São Paulo: n-1 Edições, 2015.

LATOUR, B. An inquiry into Modes of Existence: an anthropology of the Moderns. Trad. de Catherine Porter. Cambridge: Harvard University Press, 2012.

LATOUR, B. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Trad. de Carlos I. Costa. São Paulo: Ed. 34, 2013.

LATOUR, B. Spheres and networks: two ways to reinterpret globalization. Harvard Design Magazine, n.30, p. 138-144, fev. 2009.

LIMA, T.S. O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia tupi. Mana: Estudos de Antropologia Social, v.2, n.2, Rio de Janeiro, Museu Nacional (UFRJ), p. 21-47, 1996.

MARQUES, A. A filosofia perspectivista de Nietzsche. São Paulo: Discurso Editorial; Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2003.

MCEVOY, P. Niels Bohr: reflexions on subject and object. V.1. San Francisco: Microanalytix, 2001. (Col. “The Theory of Interacting Systems”)

NODARI, A. Fabricar o humano. Sopro, n.50, p. 2-10, mai. 2011. Disponível em: <http://culturaebarbarie.org/sopro/resenhas/espectros.html>. Acesso em 14 ago. 2018.

NODARI, A. “A posse contra a propriedade”: pedra de toque do Direito Antropofágico. 2007. 168 f. Dissertação (Mestrado em Teoria Literária) – Departamento de Literatura, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.

NODARI, A. “[…] o Brasil é um grilo de seis milhões de quilômetros talhado em Tordesilhas”: notas sobre o Direito Antropofágico. Prisma Jur., v.8, n.1, São Paulo, 2009, p. 121-141. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=93412810007>. Acesso em 15 ago. 2018.

O’SULLIVAN, S. On the production of subjectivity: five diagrams of the finite-infinite relation. Londres: Palgrave MacMillan, 2012.

SLOTERDIJK, P. Im Weltinnenraum des Kapitals: für eine philosophische Theorie der Globalisierung. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2005.

SLOTERDIJK, P. Nicht gerettet: Versuche nach Heidegger. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2001.

SLOTERDIJK, P. Sphären I (Mikrosphärologie): Blasen. v.1. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1998.

SLOTERDIJK, P. Sphären II (Makrosphärologie): Globen. v.2. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1999.

SLOTERDIJK, P. Sphären III (Plurale Sphärologie): Schäume. v.3. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2004.

SLOTERDIJK, P. Spheres volume 2: Macrospherology. v.2. Trad. de Wieland Hoban. South Pasadena: Semiotext(e), 2014.

SLOTERDIJK, P. Was geschah im 20. Jahrhundert? Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2016.

SLOTERDIJK, P; HEINRICHS, H.-J. Die Sonne und der Tod: dialogische Untersuchungen. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2016.

STENGERS, I. The cosmopolitical proposal. In: LATOUR, B; WEIBEL, P. [org.]. Making things public: atmospheres of democracy. Cambridge: MIT Press, 2005, p. 994-1003.

VALENTIM, M.A. Extramundanidade e sobrenatureza: ensaios de ontologia infundamental. Desterro (Florianópolis): Cultura e Barbárie, 2018. (Col. ‘species’)

VALENTIM, M.A. O ente enquanto outrem: nota sobre a possibilidade de uma ontologia não-antropogenética. Sopro, n.85, p. 5-20, Mar. 2013. Disponível em: <http://www.culturaebarbarie.org/sopro/n85.html#.W3MyfChKjDc>. Acesso em 14 ago. 2018.

VALENTIM, M.A. “Talvez eu não seja um homem” – Antropomorfia e monstruosidade no pensamento ameríndio. Campos, n.15, v.2, p. 9-26, 2014. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/42905 >. Acesso em 14 ago. 2018.

VIVEIROS DE CASTRO, E. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2002.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Araweté: os deuses canibais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; ANPOCS, 1986.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Cosmological Perspectivism in Amazonia and elsewhere: four lectures given in the Department of Social Anthropology, Cambridge University, February–March 1998. Introdução de Roy Wagner. v.1. Manchester: HAU Journal of Ethnographic Theory, 1998. (Col. “HAU Master Classes”)

VIVEIROS DE CASTRO, E. Encontros. Org. de Renato Sztutman. Rio de Janeiro: Beco de Azougue, 2010.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Metaphysics as Mythophysics or, why I have always been an anthropologist. In: CHARBONNIER, Pierre; SALMON, Gildas [et al.] [ed.]. Comparative Metaphysics: Ontology after Anthropology. Londres; New York: Rowman & Littlefield International, 2017. (E-book, s/p.)

VON UEXKÜLL, J. A foray into the world of animals and humans; A theory of meaning. Trad. por Joseph D. O’Neil. Posfácio de Geoffrey Winthrop-Young. Minnesota: University of Minnesota Press, 2010. (Col. “Posthumanities”)

WAGNER, R. A invenção da cultura. Trad. de Marcela C. de Souza. São Paulo: Ubu Editora, 2017. (Col. “Argonautas”)

ZOURABICHVILI, F. O vocabulário de Deleuze. Trad. de André Telles. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2009. (Col. “Conexões”).

Publicado

2019-10-15

Cómo citar

PITTA, Maurício Fernando. Um ensaio de um “anti-orfeu”: perspectivismo cosmológico como contraponto à esferologia de Sloterdijk. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 19, n. 3, p. 177–196, 2019. DOI: 10.31977/grirfi.v19i3.1284. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1284. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

artículos