Da mnemotécnica à antropotécnica: uma exposição filosófico-antropológica do trabalho do homem sobre si mesmo, de Nietzsche a Sloterdijk

Autores

  • Mizael José de Oliveira Filho Martins Instituto Federal do Amazonas (IFAM)

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v10i2.619

Palavras-chave:

Mnemotécnica; Antropotécnica; Cuidado de si; Domesticação; Incubadeira.

Resumo

Este artigo promove uma leitura sobre noções de alguns pensadores da Contemporaneidade que levam em consideração as “práticas do homem sobre si mesmo”, tendo por limites as teses de mnemotécnica de Nietzsche e de antropotécnica de Sloterdijk, as quais apresentam o intuito de mostrar como ocorreu a “adaptação” humana a estatutos sociabilizantes ao longo de milênios, mas percebida de maneira intensiva somente a partir do século XIX. Processos de contenção, cuidado do homem para com o homem e domesticação são expostos apontando as fragilidades desse ser, bem como os novos rumos da Filosofia Contemporânea diante de todos os anseios humanos por controle, manutenção e manipulação da vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mizael José de Oliveira Filho Martins, Instituto Federal do Amazonas (IFAM)

Mestre em Filosofia Contemporânea pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Paraná – Brasil. Professor do Instituto Federal do Amazonas (IFAM)

Referências

BRÜSEKE, Franz Josef. Uma vida de exercícios: a antropotécnica de Peter Sloterdijk. Revista brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, vol. 26, n. 75, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010269092011000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 28/06/2014.

CAMBI, Franco. História da pedagogia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP (FEU), 1999.

DOTTI, Marco. Os imperativos do filósofo alemão Peter Sloterdijk. IHU – Instituto Humanitas Unisinos. A reportagem é de Marco Dotti, publicada no jornal Il Manifesto, 28/06/2009. Tradução de Benno Dischinger. Disponível em http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/23668-os-imperativos-do-filosofo-alemao-peter-sloterdijk. Acesso em: 10/10/2014.

FOUCAULT, Michel. L'herméneutique du sujet - cours au Collège de France. 1981 - 1982. Paris: Gallimard, 2001.

FOUCAULT, Michel. Bruxaria e loucura. In: Problematização do sujeito: psicologia, psiquiatria e psicanálise. (Ditos e escritos, v.I). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

FOUCAULT, Michel. História da loucura: na idade clássica. Tradução de José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2008.

GEHLEN, Arnold. Anthropologische forschung. Zur Selbstbegegnung und Selbstentdeckung des Menschen. Munchen: Rowchit, 1961.

GROS, Frédéric. Situação do curso. In: FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

HEIDEGGER, Martin. Sobre o ‘Humanismo’. In: Conferências e escritos filosóficos. Trad. Ernildo Stein. (Col. Os Pensadores). São Paulo: Abril Cultural, 1973a.

HEIDEGGER, Martin. Que é Metafísica?. In: Conferências e escritos filosóficos. Trad. Ernildo Stein. (Col. Os Pensadores). São Paulo: Abril Cultural, 1973b.

JAEGER, Werner. Paideia. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

NIETZSCHE, Fredrich. Aurora: reflexões sobre preconceitos morais. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

NIETZSCHE, Fredrich. Genealogia da moral: uma polêmica. Tradução, notas e posfácio Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das letras, 2009.

SCHELER, Max. Diferença essencial entre Homem e Animal. In: A situação do homem no cosmos. Trad. Artur Morão. Lisboa: Covilhã, Texto & Grafia, 2008. www.lusosofia.net

SLOTERDIJK, Peter. No mesmo barco: ensaio sobre hiperpolítica. Trad. Cláudia Cavalcante. São Paulo: Estação Liberdade, 1999.

SLOTERDIJK, Peter. Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.

SLOTERDIJK, Peter. Du musst Dein Leben ändern. Über Antropotechnik. Frankfurt: Suhrkamp. Frankfurt, Suhrkamp, 2009.

SLOTERDIJK, Peter. Crítica da razão cínica. São Paulo: Estação Liberdade, 2012.

SOUSA FILHO, Alípio de. Foucault: o cuidado de si e a liberdade, ou a liberdade é uma agonística. Trabalho apresentado no IV Colóquio Internacional Michel Foucault. Abril de 2007, Natal. Inédito. Acessado pela última vez em 03/10/2014. Disponível em: <http://www.cchla.ufrn.br/alipiosousa/index_arquivos/ARTIGOS%20ACADEMICOS/ARTIGOS_PDF/FOUCAULT,%20O%20CUIDADO%20DE%20SI%20E%20A%20LIBERDADE.pdf>

SPINELLI, Miguel. Sobre as diferenças entre éthos com epsílon e êthos com eta. In: Revista Trans/Form/Ação, v.32, n.2. São Paulo: Marília, 2009. Acessado pela última vez em 04/10/2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732009000200001>

VERNAL, Javier Ignacio. Arnold Gehlen: reflexões sobre o ser humano. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, v.6, n.1, p. 74-89, jan./jul. 2009. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/1807-1384.2009v6n1p74/10795. Acesso em: 29/09/2014.

Downloads

Publicado

2014-12-15

Como Citar

MARTINS, Mizael José de Oliveira Filho. Da mnemotécnica à antropotécnica: uma exposição filosófico-antropológica do trabalho do homem sobre si mesmo, de Nietzsche a Sloterdijk. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 65–83, 2014. DOI: 10.31977/grirfi.v10i2.619. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/619. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos