O ensino de filosofia nas perspectivas inter e transdisciplinar: a problemática do conhecimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v16i2.758

Palavras-chave:

Reforma do Ensino Médio. Ensino de filosofia. Interdisciplinaridade. Transdisciplinaridade.

Resumo

Este artigo tem por objetivo divulgar parte dos resultados de uma investigação sobre a organização de um ensino de filosofia proposto nas perspectivas inter e transdisciplinar. Tratou-se de averiguar como esse ensino estava sendo organizado numa determinada unidade educacional. Sendo assim, para investigar esse problema, realizou-se uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa. O percurso metodológico foi composto por investigação teórica e incursão a campo. A primeira etapa constituiu-se de pesquisa bibliográfica e análise documental. A segunda consistiu em observar a organização do ensino em sala de aula. Como técnica de análise de dados utilizou-se a análise de conteúdo. As questões discutidas nesse artigo referem-se ao conjunto das aulas nas quais foi abordada a problemática do conhecimento. Concluiu-se que as características do ensino observado, no que se refere à problemática em questão, permitem considerá-lo uma multidisciplinaridade escolar “modesta”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gilson Malta da Silva, Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

Graduado em Filosofia e mestre em Processos Sócio-Educativos e Práticas Escolares pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Minas Gerais – Brasil.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1988.

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 28 out. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução nº 3 de 26 de junho de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, 1998. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio. (Parte I – Bases Legais). Brasília, 1999a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 30 mai. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio: ciências humanas e suas tecnologias. Brasília, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 06 out. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Câmara Nacional de Educação Básica. Resolução nº 2 de 30 de janeiro de 2012. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, 2012. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 30 mai. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio: orientações educacionais complementares aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, 1999b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 09 out. 2016.

CARVALHO, Edgard de Assis. Saberes complexos e educação transdisciplinar. Educar, Curitiba, v. 32, n. 1, p. 17-27, 2008.

CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria e Educação, 2, 1990.

COLÓQUIO DE VENEZA, 1986, Veneza. A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento. Veneza: UNESCO, 1986. 2 p. (Declaração). Disponível em: < http://www.ufrrj.br/leptrans/arquivos/Declaracao_Veneza_1986>. Acesso em: 15 fev. 2012.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ZURIQUE, 2000, Zurique. Conferência Transdisciplinar Internacional. Zurique, 2000. 3 p. (Declaração). Disponível em: < http://www.cetrans.com.br/textos/documentos/declaracao-zurique-2000.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2012.

CONGRESSO DE PARIS, 1991, Paris. Ciência e Tradição: Perspectivas Transdisciplinares para o século XXI. Paris: UNESCO, 1991. 2 p. (Comunicado Final). Disponível em: < http://www.ufrrj.br/leptrans/arquivos/Congresso_Ciencia_Tradicao_1991.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2012.

CONGRESSO INTERNACIONAL DE LOCARNO, 1., 1997, Locarno. Que universidade para o amanhã? Em busca de uma evolução transdisciplinar da universidade. Locarno: CIRET-UNESCO, 1997. 11 p. (projeto). Disponível em: < http://ciret-transdisciplinarity.org/locarno/locapor4. php>. Acesso em: 15 fev. 2012.

CONGRESSO MUNDIAL DE ARRÁBIDA, 1., 1994, Arrábida. Primeiro Congresso Mundial da Transdisciplinaridade. Arrábida: CIRET-UNESCO, 1994. 3 p. (Carta da Transdisciplinaridade). Disponível em: < http://cetrans.com.br/wp-content/uploads/2014/09/carta-da-transdisciplinaridade1.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2012.

COTIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2010.

CNSL. Colégio Nossa Senhora de Lourdes. Projeto Político-Pedagógico. Lavras: CNSL, 2012.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.

DOMINGUES, Ivan. Conhecimento e transdisciplinariedade. Belo Horizonte: UFMG, 2004.

DOMINGUES, Ivan. Conhecimento e transdisciplinariedade II: aspectos metodológicos. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

FARIAS, Francisco R. Sobre o conceito de estresse. Arquivo Brasileiro de Psicologia, Rio de Janeiro, 38(4), p. 97-105, out./dez. 1985. Disponível em: < http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index. php/abp/article/view/19342/18084>. Acesso em: 14 fev.2012.

GALLO, Sílvio. Conhecimento, transversalidade e educação: para além da interdisciplinaridade. 2006. Disponível em:<http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario>. Acesso em: 3 out. 2010.

GALLO, Sílvio. Filosofia e seu ensino: conceito e transversalidade. In: SILVEIRA, J. T. René; GOTO, Roberto (Org.). Filosofia no ensino médio: temas problemas e propostas. São Paulo: Loyola, 2007. p. 15-36.

GALLO, Sílvio et al. O ensino da filosofia no Brasil: um mapa das condições atuais. Caderno Cedes, Campinas, v. 24, n. 64, p. 257-284, set./dez. 2004. Disponível em:<http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario>. Acesso em: 19 nov. 2016.

GALLO, Sílvio; KOHAN, Walter Omar (Org.). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

LOPES, A. C. Políticas curriculares: continuidade ou mudança de rumos. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, nº 26, p. 109 – 118, maio/jun/jul/ago, 2004.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2010.

MARINA, José Antônio. Filosofia e cidadania. São Paulo: Ed. SM, 2010.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Filosofia: proposta curricular: ensino médio. Belo Horizonte, 2006. Disponível em: <http://crv.educacao.mg.gov.br>. Acesso em: 30 dez. 2012.

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

MORIN, Edgar. A natureza da natureza. Porto Alegre: Sulina, 2008 a.

MORIN, Edgar. As ideias. Porto Alegre: Sulina, 2005 d.

MORIN, Edgar. A vida da vida. Porto Alegre: Sulina, 2005c.

MORIN, Edgar. Cabeça bem-feita. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005 a.

MORIN, Edgar. O conhecimento do conhecimento. Porto Alegre: Sulina, 2005b.

MORIN, Edgar. Os Sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000.

NICOLESCU, Basarab. Contradição, lógica do terceiro incluído e níveis de realidade. Disponível em: <http://www.cetrans.com.br>. Acesso em: 16 jan. 2012a.

NICOLESCU, Basarab. Definition of transdisciplinarity. Disponível em: <http://www.interdisciplines.org/interdisciplinatity/papers>. Acesso em: 9 ago. 2012b.

NICOLESCU, B. O manifesto da Transdisciplinaridade. São Paulo: Triom, 1999.

NICOLESCU, Basarab; BADESCU, Horia (Org.). Stéphane Lupasco: o homem e a obra. São Paulo: Triom, 2001.

PETRAGLIA, Izabel. A educação e a complexidade do ser e do saber. Petrópolis: Vozes, 2010.

SANTOS, Akiko. Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o elo perdido. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, v. 13, n. 37, jan./abr. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n37/07.pdf>. Acesso em: 16 out. 2011.

SILVA, Daniel José da. O paradigma transdisciplinar: uma perspectiva metodológica para a pesquisa ambiental, 1999. Disponível em: <http://www.cetrans.com.br>. Acesso em: 16 jan. 2012.

SOMMERMAN, Américo. Inter ou transdisciplinaridade? Da fragmentação disciplinar ao novo diálogo entre os saberes. São Paulo: Paulus, 2006.

ZIBAS, D. M.L. A reforma do ensino médio nos anos de 1990: o parto da montanha e as novas perspectivas. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, Fundação Carlos Chagas, n.28, p. 24-36, jan./abr. 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n28/a03n28.pdf >.Acesso em: 02 jul.2016.

WEIL, P.; AMBRÓSIO, U. d’; CREMA, R. Rumo a nova transdisciplinaridade: sistemas abertos de conhecimento. São Paulo: Summus, 1993.

Downloads

Publicado

2017-12-18

Como Citar

SILVA, Gilson Malta da. O ensino de filosofia nas perspectivas inter e transdisciplinar: a problemática do conhecimento. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 398–422, 2017. DOI: 10.31977/grirfi.v16i2.758. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/758. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos