Kant e Foucault, da aufklärung à ontologia crítica
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v5i1.522Palavras-chave:
Aufklärung; Odontologia; Crítica; Liberdade.Resumo
O que se buscará com o seguinte artigo é recriar, e analisar, o trajeto filosófico que tem sua origem no conceito kantiano de Aufklärung, e cuja evolução nos levará até o conceito foucaultiano de “ontologia crítica”. Em 1784, Kant diria num artigo do jornal alemão Berlinische Monatsschrift que a Aufklärung (termo alemão para designar o evento histórico do Iluminismo) seria uma saída da minoridade do homem, e por minoridade podemos entender o fato do homem não ser capaz de fazer uso do seu próprio entendimento, ficando assim dependente da razão de tutores (pastores, médicos, governantes, etc.). A partir disto, Foucault, em 1984, diria que a originalidade desta resposta de Kant está exatamente em não propor um método ou uma doutrina, mas antes, em incitar uma ação: propriamente a ação de saída [Ausgang]. Assim, Foucault nos apresentaria sua “ontologia crítica”; que diferentemente da ontologia tradicional (metafísica) que busca capturar os acontecimentos numa doutrina, o papel da ontologia foucaultiana seria exatamente o de tornar o sujeito incapturável por qualquer doutrina que apreende os acontecimentos num SER exclusivo. O que Foucault faria, desta forma, seria levar o conceito de Kant mais além, propondo mesmo um trabalho infinito, não apenas mais para sair, mas para igualmente permanecer fora do estado de minoridade.
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