Hannah Arendt e o desafio da estabilidade das instituições políticas em um mundo secular
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v24i3.4864Palavras-chave:
Autoridade; Instituições; Liberdade; Constituição.Resumo
Almejamos analisar o tema da autoridade e suas interfaces com a crise da tradição, o processo de secularização e o poder no processo fundacional do estado secular tendo como grande desafio “pensar sem corrimão” em uma época secularizada. Buscaremos compreender a autoridade como elemento de estabilidade do Estado ao manter vivos os alicerces da fundação por meio das instituições. Nesse sentido, a institucionalização de uma estrutura duradoura somente é possível quando as pessoas são capazes de preservar, por meio da ação coletiva, as forças que surgem entre elas, à medida que os humanos habitam o planeta. Esses acordos mútuos produzem uma Constituição para atenuar o peso da imprevisibilidade da ação humana. Ao mesmo tempo, a Constituição cria e nutre o poder político dentro dos princípios da fundação. Desta forma, a autoridade constitucional assume o papel da autoridade e não reside mais na força ou na violência de seus fundadores, mas à proporção que na imaginação simbólica o cidadão compreende no evento fundador um modelo para ação política no presente.
Downloads
Referências
ADVERSE, Helton. Uma república para os modernos. Arendt, a secularização e o republicanismo. Filosofia Unisinos 13 (1): (39-56), jan/apr 2012.
ARENDT, Hannah. Entre Passado e o Futuro. São Paulo: Perspectiva, 2014.
ARENDT, Hannah. Sobre a Revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
ARENDT, Hannah. Compreender: formação, exílio e totalitarismo (ensaios 1930 – 1954). São Paulo/Belo Horizonte: Companhia da Letras/Editora UFMG, 2008.
ARENDT, Hannah. Pensar sem corrimão: compreender (1953-1975). Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
ARENDT, Hannah. A Vida do Espírito: o pensar, o querer, o julgar. Rio de Janeiro: Instituto Piaget, 2017.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2016.
ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
BACH. Augusto. Entre a República dos Modernos e a Autoridade dos Antigos. Revista de Filosofia Aurora, Curitiba, v. 33, n. 60, p. 741-763, set./dez. 2021.
HAMILTON, Alexander; MADISON, James; JAY, John. O federalista. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (Os pensadores).
LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo, Companhia das Letras, 1988.
LÖWITH, Karl. Meaning in History: The Theological Implications of the Philosophy of History. Chicago: University Press, 1949.
GRIMAL, Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e Romana. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 2005.
RUBIANO, Mariana de Matos. Revolução em Hannah Arendt: compreensão e história. 2016. 280 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, São Paulo, 2016.
SCHMITT, Carl. Teologia política. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
TORRES, Ana Paula Repolês. Direito e política em Hannah Arendt. São Paulo: Edições Loyola, 2013 (Coleção humanística).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Edson kretle Santos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam na Griot : Revista de Filosofia mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution 4.0 International License, permitindo compartilhamento e adaptação, mesmo para fins comerciais, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Leia mais...