Rorty: uma utopia de primazia da literatura e da liberdade
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i2.2826Palavras-chave:
Rorty; Utopia; Liberdade; Verdade; Literatura.Resumo
Richard Rorty (1931-2007) destacou-se como relevante pensador da vida política contemporânea, além de construir um arcabouço de ideias acerca da linguagem, da cultura, da liberdade e da solidariedade. Uma de suas bandeiras mais recorrentes foi a primazia da literatura em relação à filosofia e da liberdade em relação à verdade. Para os fins do presente artigo, partimos de trechos da entrevista de Rorty por Helmut Mayer e Wolfgang Ulrich, compilada no texto É bom persuadir, em Cuida da liberdade que a verdade cuidará de si mesma. Além desse texto, lançamos mão também de Filosofia e esperança social (de 1999), e, em especial, Educação como socialização e individualização (de 1989), texto em que o autor, afastando-se do entusiasmo pela filosofia tradicional e defendendo a adoção de uma filosofia edificante, defende a primazia da liberdade sobre a verdade assumindo, por conseguinte, uma postura marcantemente antidogmática, antiessencialista e antifundacionista.
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