Rorty: uma utopia de primazia da literatura e da liberdade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i2.2826

Palavras-chave:

Rorty; Utopia; Liberdade; Verdade; Literatura.

Resumo

Richard Rorty (1931-2007) destacou-se como relevante pensador da vida política contemporânea, além de construir um arcabouço de ideias acerca da linguagem, da cultura, da liberdade e da solidariedade. Uma de suas bandeiras mais recorrentes foi a primazia da literatura em relação à filosofia e da liberdade em relação à verdade. Para os fins do presente artigo, partimos de trechos da entrevista de Rorty por Helmut Mayer e Wolfgang Ulrich, compilada no texto É bom persuadir, em Cuida da liberdade que a verdade cuidará de si mesma. Além desse texto, lançamos mão também de Filosofia e esperança social (de 1999), e, em especial, Educação como socialização e individualização (de 1989), texto em que o autor, afastando-se do entusiasmo pela filosofia tradicional e defendendo a adoção de uma filosofia edificante, defende a primazia da liberdade sobre a verdade assumindo, por conseguinte, uma postura marcantemente antidogmática, antiessencialista e antifundacionista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vigevando Araújo de Sousa, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Doutorando(a) em Filosofia na Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – PI, Brasil.

Wilker de Carvalho Marques , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI)

Doutor(a) em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ), Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Professor(a) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), Teresina – PI, Brasil.

Referências

GHIRALDELLI JR., Paulo. Richard Rorty: a filosofia do novo mundo em busca de mundos novos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

KUNDERA, Milan. A arte do romance. Tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

KUNDERA, Milan. A insustentável leveza do ser. Tradução de Teresa Bulhões

Carvalho da Fonseca. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

MORAES, Maria Célia. M. Ceticismo epistemológico, ironia complacente:

indagações acerca do neopragmatismorortyano. In: MORAES, Maria Célia.

M. (Org.). Iluminismo às avessas: produção de conhecimento e políticas de

formação docente. Rio de Janeiro: DP&A, p. 169-198, 2003.

PAIM, Marcos. V. (2019). Da filosofia à literatura, pela mão do neo-pragmatismo de Rorty. Argumento, (12), p. 119 –126.

RORTY, Richard. Consequencesofpragmatism. Hempstead: Universityof Minnesota Press, 1982.

RORTY, Richard. A filosofia e o espelho da natureza. Lisboa: Dom Quixote, 1988.

RORTY, Richard. Education as Socializationand as Individualization (1989). In: Philosophyand social hope. New York: Penguin, p. 114 – 126, 1999.

RORTY, Richard. Es bueno persuadir. In: Cuidar lalibertad y a verdade se cuidará a símisma: Entrevistas sobre política y filosofia. Ed. Eduardo Mendieta. Traducción de Sonia Arribas. Editorial Trotta, S.A., 2005.

RORTY, Richard. Contingência, ironia e solidariedade. Trad. Vera Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

RORTY, Richard. Erros Honestos. In: Filosofia como política cultural. Trad. João Carlos Pijnappel. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

VOPARIL, Chistopher J. The Politicsofthe Novel: RortyonDemocracy, Irony, and moral Education: In: Richard Rorty: politicsandvision. Oxford (UK): Rowman&Littlefield, 2006, p. 61-88.

Downloads

Publicado

2022-06-19

Como Citar

ARAÚJO DE SOUSA, Vigevando; MARQUES , Wilker de Carvalho. Rorty: uma utopia de primazia da literatura e da liberdade. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 206–214, 2022. DOI: 10.31977/grirfi.v22i2.2826. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2826. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos