O ensino de filosofia no processo de resistência
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i2.1513Palavras-chave:
Ensino de filosofia; Resistência; Linha de fuga; Pedagogia do conceito; Educação maior; diferença.Resumo
O presente artigo propõe levantar uma série de problemas para tentar pensar as possibilidades do ensino de filosofia como um processo de resistência e luta contra àquilo que Deleuze e Guattari chamaram de ‘inimigos da filosofia: os pós-kantianos,o filósofo alemão Friedrich Hegel e especialmente, o marketing. A partir da crítica desenvolvida, abordaremos também como o ensino de filosofia poderia criar linhas de fuga àquilo que Silvio Gallo chamou de ‘educação maior’. Pretendemos pensar a filosofia e a educação tendo como fio condutor, a filosofia da diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari. A ideia é tratar a filosofia com criadora de conceito a partir da ideia de‘pedagogia do conceito’, o que nos possibilitaria problematizar uma prática de ensino de filosofia estabelecendo enquanto campo de conversação, a filosofia da diferença e seu ensino, ou seja, tal prática formativa pretende agir por brechas, fazendo emergir possibilidades dos estudantes escaparem na medida do possível, das formas e dispositivos de controle.
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