A virtude não se ensina, se evoca: uma reflexão sobre arete e paideia em Martin Heidegger

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i1.1350

Palavras-chave:

Paideia; Arete; Excelência; Heidegger.

Resumo

Atendendo ao chamado de Heidegger por “outro início”, desde o pensamento originário grego, são reconsideradas as noções de paideia e de arete. À paideia exaustivamente investigada por Werner Jaeger é imposta a interpretação do próprio Heidegger e de Danielle Montet. Enquanto a arete é reexaminada através de uma nova luz lançada pela obra de António Caeiro. Enfim, devidamente preparado pelo pensamento inusual destes pensadores sobre paideia e arete, se reabre o debate sobre a possibilidade ou não da virtude ser ensinada. Concluímos com Sócrates que definitivamente ela não pode ser ensinada, não ao modo pretendido dos sofistas e dos “modernos” pensadores e educadores, mas que sim há certamente possibilidade de uma “paideia da arete”.

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Biografia do Autor

João Cardoso de Castro, Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO)

Doutor em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Professor do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), Teresópolis – RJ, Brasil

Murilo Cardoso de Castro, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Pesquisador em Geoprocessamento e SIG da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro – RJ, Brasil.

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Publicado

2020-02-12

Como Citar

DE CASTRO, João Cardoso; DE CASTRO, Murilo Cardoso. A virtude não se ensina, se evoca: uma reflexão sobre arete e paideia em Martin Heidegger. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 20, n. 1, p. 252–263, 2020. DOI: 10.31977/grirfi.v20i1.1350. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1350. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos