Na prática envolvente das semelhanças, o mundo renascentista
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i3.1214Palavras-chave:
figuras da similitude; círculo; ordem do saber; mundo ordenadoResumo
Este artigo busca voltar-se ao corpus do saber do século XVI, época compreendida como a Era das similitudes, segundo leitura de Michel Foucault. Interessa-nos a aproximação da ordem prática do período - rica em sinais e grafias - a fim de determo-nos em sua devida concepção de mundo - rica em simbologia. Nesta análise, o mundo renascentista estará envolto a uma intensificação do exercício de ordenamento, regido por formas segundo as quais as semelhanças se dão a conhecer: as chamadas figuras das similitudes - signatura, convenientia, aemulatio, analogia e simpatia. Além disso, aderente a um fundo de configuração geral, será enfatizado a noção de círculo como referencial figurativo cabível ao entendimento do espaço geral do saber renascentista. Da noção de círculo remeteremos à prática de circulação das similitudes, e através disso, indicaremos um mundo renascentista decifrado ou interpretado segundo uma rede esgotável, no limite das próprias órbitas circulares emanadas do ajustamento de semelhanças. Na prática, o uso de uma marcação simbólica - inclusive, extensa à dimensão cósmica – possibilita-nos a visualizar um arranjo do como, mediante ordenamento do saber, são promovidas certas disposições “entre” e “para” as coisas e pessoas no mundo.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam na Griot : Revista de Filosofia mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution 4.0 International License, permitindo compartilhamento e adaptação, mesmo para fins comerciais, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Leia mais...