ORGASMOS POLITIZADOS, NATUREZAS INVERTIDAS: PRAZER, VIOLÊNCIA E HOMOEROTISMO NO KAMA SUTRA

Mariane  Venchi

Autores

Mariane Venchi Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) https://orcid.org/0000-0001-6130-3679

Palavras-chave:

erotologia hindu; violência; desigualdades de gênero e classe; homoerotismo.

Resumo

Este artigo examina o tratado erótico indiano denominado Kama Sutra, datado de 400 d.C, como fonte histórica e etnográfica relevante da perspectiva das relações de gênero etnicidade, envolvendo ritos masculinos de solidariedade e competição e suas ansiedades sexuais, em narrativas entre o real e o imaginário. Notamos que as “crônicas de alcova” ali presentes, com ecos nos cultos a Shiva, sugerem em suas entrelinhas zonas de exclusão discursiva relativas à violência, nas quais a construção do desejo feminino dialoga com práticas abusivas incidindo sobre mulheres. Tais zonas de exclusão também implicam relatos de homoerotismo marcados por tabus e desigualdades de classe, entre servos e senhores.

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Biografia do Autor

Mariane Venchi, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na área de antropologia visual e estudos de gênero. Mestre em Antropologia Social pela Unicamp na temática Gênero e Corporalidades.

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