EXPERIÊNCIAS DE HOMENS TRABALHADORES BRAÇAIS DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL QUE MIGRAM DO INTERIOR PARA A CAPITAL BAIANA

Autores

  • Marluce Neri Gonzaga UFRB

Palavras-chave:

migração, trabalhadores braçais, setor da Construção Civil, Salvador-Bahia

Resumo

O presente artigo busca contextualizar especificidades que marcam o trabalho no setor da construção civil e os processos migratórios vivenciados por trabalhadores oriundos do interior da Bahia, que, em decorrência da falta de emprego nas suas cidades de origem, migram para a capital baiana, Salvador, significando-a como lugar de destino propício para o trabalho sem, contudo, nela se fixarem permanentemente. Esse tipo de migração se relaciona a especificidades que marcam o universo do trabalho no setor da construção civil no Brasil que, conforme apontam dados estatísticos, é formado majoritariamente por pessoas do sexo masculino, de cor negra e com baixo nível de escolaridade. Tais marcadores sociais, se pensados interseccionalmente, e de maneira localizada, isto é, considerando singularidades regionais, podem nos levar à compreensão qualitativa de aspectos importantes envolvendo tal fenômeno. Considerando que o ato de migrar não pode ser entendido apenas enquanto mobilidade entre espaços geográficos e, sim, um fenônemo que abarca diversos fatores da vida social, evidencia-se a necessidade de compreender as experiências que marcam a vida de trabalhadores braçais do setor da construção civil que migram do interior para a capital baiana. Para tanto, foram considerados depoimentos de oito homens, entre 36 e 69 anos de idade, provenientes de cidades de pequeno porte do estado da Bahia. Em suas considerações, este artigo infere que o lugar de destino para esses trabalhadores migrantes do setor da construção civil só faz algum sentido se pensado a partir do lugar de origem e de como eles significam esses lugares.

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Biografia do Autor

Marluce Neri Gonzaga, UFRB

Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Membro do Grupo de Pesquisa lattes/CNPq Corpo, Socialização e Expressões Culturais.

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Publicado

2021-11-28