Teorias da Hegemonia: Epistemologias e Política

Resumo

As disputas hegemônicas testemunhadas atualmente em escala internacional, afetando países e blocos regionais, cujas raízes podem ser observadas na ofensiva dos grandes conglomerados multinacionais, do capital financeiro ou “improdutivo” e das superpotências interimperalistas de sustentarem o sistema capitalista mundial de poder, trazem novos desafios às ciências sociais. Nesse sentido, a construção de teorias da hegemonia se faz relevante, não apenas à análise de situações políticas concretas verificadas em diferentes países, regiões e blocos continentais num âmbito mundial, mas, também, para uma necessária tomada de posição, por parte dos e das cientistas sociais, nos próprios rumos dos acontecimentos históricos. Tal postura pode auxiliar na busca de soluções democráticas capazes de impulsionar os blocos políticos contra-hegemônicos e antagônicos ao sistema capitalista mundial de poder e sua correlata ideologia de mercantilização e reificação da vida social. Tanto a mercantilização quanto os processos de reifição, ademais, estão sendo radicalmente aprofundados numa velocidade praticamente inconcebível pelo neoliberalismo e seu viés antidemocrático.