Bioestimulantes no desenvolvimento da cana-de-açúcar
Resumo
Resumo: A utilização mais recente de bioestimulantes pode proporcionar aumentos tanto qualitativos como quantitativos na produção da cana-de-açúcar. Neste sentido, o objetivo nesse trabalho foi avaliar a eficiência de bioestimulantes sobre o desenvolvimento da planta de cana-de-açúcar. A pesquisa foi realizada em área de campo localizada em Uberlândia/MG, safra 2016/2017. Foram utilizados quatro tratamentos, sendo: FH Cana Tolete®, Stimulate®, Tradecorp AZ® e testemunha, com doses de acordo com a recomendação de cada fabricante, com cinco repetições. A unidade experimental foi composta por quatro fileiras de plantas com cinco metros de comprimento e espaçamento de um metro entre fileiras de plantas. Aos 112, 154, 189, 210, 231, 278, 296 e 355 dias após o plantio foram realizadas avaliações quanto à altura de plantas, diâmetro do colo e número de brotações. Aos 17 meses após o plantio avaliou-se a produtividade utilizando o número de colmos por parcela, diâmetro de colmos, comprimento de entrenós, teor de sólidos solúveis e massa de colmos. Verificou-se que o bioestimulante FH Cana Tolete® estimula o crescimento em altura e diâmetro do colo da cana-de-açúcar nas fases iniciais de desenvolvimento das plantas sob estresse hídrico. A aplicação de FH Cana Tolete®, Tradecorp AZ® e Stimulate® não teve influência sobre as características relacionadas a produtividade da cana-de-açúcar que passou por estresse hídrico no início do desenvolvimento das plantas.
Palavras chave: Biometria, Reguladores vegetais, Saccharum spp.
Downloads
Referências
Andrade Neto, O., et al. (2007). Reguladores vegetais na brotação e desenvolvimento de mudas de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum var. RB 855536). Anais do Congresso Brasileiro de Fisiologia Vegetal, Gramado, RS, Brasil, 11.
Boaretto, L. F., et al. (2014). Water stress reveals differential antioxidant responses of tolerant and non-tolerant sugarcane genotypes. Plant Physiology and Biochemistry. 74, 165-175. DOI: doi.org/ 10.1016/j.plaphy.2013.11.016
Braga Jr., R. L. C., et al. (2019) Censo varietal IAC de cana-de-açúcar no Brasil – safra 2017/18 e na
região Centro-Sul - safra 2018/19 (Boletim Técnico IAC 221, 66p.). Campinas: Instituto Agronômico de Campinas.
Brunini, O. (2010). Ambientes climáticos e exploração agrícola da cana-de-açúcar. In: Dinardo-Miranda, L. L., Vasconcelos, A. C. M., & Landell, M. G. A. Cana-de-açúcar (pp. 205-218). Campinas: Instituto Agronômico.
Bulgari, R., et al. (2015). Biostimulants and crop responses: a review. Biological Agriculture & Horticulture, 31 (1), 1-17, DOI: doi.org/10.1080/01448765.2014.964649
Calvo, P., et al. (2014). Agricultural uses of plant biostimulants. Plant Soil, 383, 3-41. DOI: doi.org/10.1007/s11104-014-2131-8
Castro, P. R. C., & Vieira, E. L. (2001). Aplicações de reguladores vegetais na agricultura tropical (132p). Guaíba: Agropecuária.
Celestrino, R. B., et al. (2019). Indutores hormonais no desenvolvimento radicular e perfilhamento da cana-de-açúcar. Pesquisa Aplicada & Agrotecnologia, 12 (1), 107-112. DOI: doi.org/10.5935/PAeT.V12.N1.11
Civiero, J. C., et al. (2014). Application of humic substance and L-glutamic amino acid in different sizes of 1-bud sett of sugarcane. Revista de Ciências Agrárias, 37 (3), 340-347.
Companhia Nacional de Abastecimento (2020). Acompanhamento de safra brasileira: cana-de-açúcar. Primeiro levantamento, maio 2020 (62p). Brasília: CONAB. Recuperado em 13 agosto, 2020 de https://https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/cana/boletim-da-safra-de-cana-de-acucar.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (2013). Sistema brasileiro de classificação de solos (3.ed., 353p). Brasília: Embrapa.
Epstein, E., & Bloom, A. J. (2006). Nutrição mineral de plantas: princípios e perspectivas (2. ed., 403p). Londrina: Andrei.
Ferreira, D. F. (2011). Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, 35 (6), 1039-1042.
Ferreira, L. H. Z., Rosato, M. M., & Bolonhezi, A. C. (2007). Efeitos de reguladores vegetais aplicados no sulco de plantio em diversas variedades de cana-de-açúcar. Anais do Congresso de Iniciação Científica da UNESP, Ilha Solteira, SP, Brasil, 19.
Gill, S. S., & Tuteja, N. (2010). Reactive oxygen species and antioxidant machinery in abiotic stress tolerance in crop plants. Plant Physiology and Biochemistry, 48 (12), 909-930. DOI: doi.org/10.1016/j.plaphy.2010.08.016
Gonçalves, B. H. L., et al. (2018). Efeito do bioestimulante Stimulate® no desenvolvimento de mudas de maracujazeiro cv. BRS Rubi do Cerrado. Revista de Ciências Agrárias, 41 (1), 147-155.
Jardin, P. (2015). Plant biostimulants: definition, concept, main categories and regulation. Scientia Horticulturae, 196, 3-14. DOI: doi.org/10.1016/j.scienta.2015.09.021
Lawrence, K., Bhalla, P., & Misra, P. C. (1995). Changes in NAD(P) H dependente redox activities in plasmalemma-enriched vesicles isolated from boron-and zinc-deficient chick pea roots. Journal of Plant Physiology, 146, 652–657.
Macedo, W. R., & Castro, P. R. C. (2015). Biorreguladores, bioestimulantes e bioativadores na agricultura tropical. In: Visotto, L. E., et al (Editores). Avanços Tecnológicos Aplicados à Pesquisa na Produção Vegetal, Viçosa, MG: FAPEMIG.
Oliveira, C. P., et al. (2013a). Produtividade e qualidade tecnológica da cana-de-açúcar com o uso de condicionador de solo e bioestimulantes. Revista Agrarian, 6 (21), 245-251.
Oliveira, F. A., et al. (2013b). Interação entre salinidade e bioestimulante na cultura do feijão caupi. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 17 (5), 465-471. DOI: doi.org/10.1590/S1415-43662013000500001
Oliveira, F. A., et al. (2015). Interação entre salinidade e bioestimulante no crescimento inicial de pinhão-manso. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 19 (3), 204-210. DOI: doi.org/10.1590/1807-1929/agriambi.v19n3p204-210
Paradiković, N., et al. (2019). Biostimulants research in some horticultural plant species: A review. Food and Energy Security, 8 (2), e00162.
Ribeiro, A.C., Guimarães, P.T.G., & Alvarez V., V.H. (1999). Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ª aproximação (359p). Viçosa: SBCS.
Santos, G. A., et al. (2020). Effect of biostimulants on tilling, yield and quality component of sugarcane. Brazilian Journal of Development, 6 (5), 29907-29918. DOI: doi.org/10.34117/ bjdv6n5-445
Silva, A. R. B., et al. (2008a). Avaliação da aplicação de Stimulate® no sulco de plantio de variedades de cana-açúcar. Anais do Simpósio Brasileiro sobre Ecofisiologia, Maturação e Maturadores em Cana-de-Açúcar, Botucatu, SP, Brasil UNESP, 1.
Silva, M. A., Cato, S. C., & Costa, A. G. F. (2010). Produtividade e qualidade tecnológica da soqueira de cana-de-açúcar submetida à aplicação de biorregulador e fertilizantes líquidos. Ciência Rural, 40 (4), 774-780. DOI: doi.org/10.1590/S0103-84782010005000057.
Silva, M., et al. (2008b). Diferentes concentrações e épocas de aplicação de Stimulate® na produtividade na qualidade da cana-de-açúcar. Anais do Simpósio Brasileiro sobre Ecofisiologia, Maturação e Maturadores em Cana-de-Açúcar, Botucatu, SP, Brasil UNESP, 1.
Silva, W. P., et al. (2014). Produtividade e qualidade tecnológica da cana-de-açúcar sob diferentes fontes de adubação. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, 8 (6), 476-487. DOI: doi.org/10.7127/rbai.v8n600261
Sousa, D. M. G., & Lobato, E. (2004). Cerrado: correção do solo e adubação (2. ed., 416p). Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Planaltina: Embrapa Cerrados.
Taiz, L., et al. (2017). Fisiologia Vegetal (858p). Porto Alegre: Artmed.
Thiengo, C. C., et al. (2020). Resposta do capim-marandu e milheto em rejeito de mineração à aplicação de bioestimulantes vegetais. Magistra, 31, 465- 478.
Vieira, E. L., & Castro, P. R. C. (2004). Ação de bioestimulante na cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) (74p). Cosmópolis: Stoller do Brasil.
Yakhin, O. I., et al. (2017). Biostimulants in Plant Science: A Global Perspective. Frontiers in Plant Science, 7, 2049. DOI: doi.org/10.3389/fpls.2016.02049
Yamada, T. (2000). Boro: será que estamos aplicando a dose suficiente para o adequado desenvolvimento das plantas? Informações Agronômicas, 90, 1-5.
Zhang, Y. B., et al. (2020). Drought-induced alterations in photosynthetic, ultrastructural and biochemical traits of contrasting sugarcane genotypes. PLoS One, 15 (7), e0235845. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0235845
Zilliani, R. R. (2015). Influência de biorreguladores sobre a fisiologia e crescimento inicial de cana-de-açúcar submetida ao déficit hídrico (59p). Dissertação de Mestrado, Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.