Estresse hídrico e salino na germinação de sementes e crescimento de plântulas de nabo forrageiro

Autores

  • Silvia Sanielle Costa de Oliveira Instituto Federal Goiano - campus Iporá
  • Sihélio Júlio Silva Cruz Instituto Federal Goiano - campus Iporá
  • Cibele Chalita Martins FCAV - UNESP Jaboticabal

Resumo

Resumo: Condições de estresse hídrico e salino durante a fase de germinação afetam a emergência das plântulas no campo e o estande das plantas. Através de dois experimentos objetivou-se avaliar o efeito do estresse hídrico e salino na germinação de sementes e no crescimento de plântulas de nabo forrageiro das cultivares CATI AL 1000 e IPR 116. A semeadura foi realizada no interior de caixas gerbox, sobre duas folhas de papel “germitest” umedecidas com água destilada (controle) ou com soluções de polietileno glicol 6000 ou NaCl, de modo a fornecer os potenciais osmóticos de -0,2, -0,4, -0,6, -0,8, -1,0 e -1,2 MPa. Foram avaliados porcentagem e índice de velocidade de germinação, comprimento e peso seco de plântulas durante 23 dias. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial (2x7), com quatro repetições de 50 sementes cada, em ambos os ensaios. A diminuição progressiva do potencial osmótico de PEG e NaCl do substrato é prejudicial à germinação e ao desenvolvimento de plântulas de nabo forrageiro. Sementes da cultivar IPR 116 apresentam melhor germinação e crescimento de plântulas em relação às cultivares CATI AL 1000, quando submetidas a níveis de potencial osmótico muito negativo (-1,0 e -1,2 MPa).

Palavras chave: Raphanus sativus L., Vigor, Potencial osmótico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ahmad, S., et al. (2009). Sunflower (Helianthus Annuus L.) response to drought stress at germination and seedling growth stages. Pakistan Journal of Botany, 41, (6), 47-54.

Ávila, M. R., et al. (2007). Teste de comprimento de plântulas sob estresse hídrico na avaliação do potencial fisiológico das sementes de milho. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, 29, (2), 117-124.

Banzatto, D. A., & Kronka, S. N. (1992). Experimentação agrícola (2ed., 247p). Jaboticabal: FUNEP.

Braccini, A. L., et al. (1998). Influência do potencial hídrico induzido por polietileno glicol na qualidade fisiológica de sementes de soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 33, (9), 451-1459.

Braga, L. F., Sousa, M. P., & Sá, M. E. (1999). Efeito da disponibilidade hídrica do substrato na qualidade fisiológica de sementes de feijão. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, 21, (2), 95-102.

Brasil. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. (2009). Regras para análise de sementes (365p). Brasília-DF: SNA/DNPV/CLAV.

Carvalho, N. M., & Nakagawa, J. (2012). Sementes: ciência, tecnologia e produção (590 p). Jaboticabal: FUNEP.

Chen K., & Arora R. (2011). Dynamics of the antioxidant system during seed osmopriming, post-priming germination, and seedling establishment in Spinach (Spinacia oleracea). Plant Science, 180, (2) 12-20.

Den Berg, L., & Zeng, Y. J. (2006). Response of South African indigenous grass species to drought stress induced by polyethylene glycol (PEG) 6000. South African Journol of Botany, 72 (2), 284-286.

Derpsch, R., & Calegari, A. (1992) - Plantas para adubação verde de inverno (Circular Técnica, n. 73, 80p). Londrina: IAPAR.

Gao, J. M., et al. (2008). Differential responses of lipid peroxidation and antioxidants in Alternanthera philoxeroides and Oryza sativa subjected to drought stress. Plant Growth Regulation, 56, 89-95.

Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária. (2017). Nabo Forrageiro. Recuperado em maio, 2017, de http://livraria.sct.embrapa.br/liv_resumos/pdf/00076260.pdf.

Ghaderi-far, F.,Gherekhloo, J., & Alimagham, M. (2010). Influence of environmental factors on seed germination and seedling emergence of yellow sweet clover (Melilotus officinalis). Planta Daninha, 28, (3), 436-469.

Jeller, H., & Perez, S. C. J. G. (2001). Efeitos dos estresses hídrico e salino e da ação de giberelina em sementes de Senna spectabilis. Ciência Florestal, Santa Maria, 11, (1), 93-104.

Machado Neto, N. B., et al. (2006). Deficiência hídrica induzida por diferentes agentes osmóticos na germinação e vigor de sementes de feijão. Revista Brasileira de Sementes, 28, (1), 142-148.

Maguire, J.D. (1962). Speeds of germination-aid selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, (2), 176-177.

Marcos Filho, J. (2015). Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. (2 ed., 660p) Londrina: ABRATES.

Marcos Filho, J., et al. (2009). Métodos para avaliação do vigor de sementes de soja, incluindo a análise computadorizada de imagens. Revista Brasileira de Sementes, 31, (1), 102-112.

Mut, Z., Akay, H., & Aydin, N. (2010). Effects of seed size and drought stress on germination and seedling growth of some oat genotypes (Avena sativa L.). African Journal of Agricultural Research, 5 (10), 1101-1107.

Nakagawa, J. (1999). Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: Krzyzanowski, F.C., et al. Vigor de sementes: conceitos e testes. (Cap 2, pp. 2-21) Londrina: ABRATES.

Oba, G. C., et al. (2016). Germinação de sementes e crescimento inicial de plântulas de nabo forrageiro sob condições salinas. Revista Cultivando o Saber, (9), 2, 137-149.

Pedrotti, A. (2015). Causas e consequências do processo de salinização dos solos. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, (19), 2, 1308 -1324.

Pereira, M. R. R., et al.(2014). Estresse hídrico induzido por soluções de PEG e de NaCl na germinação de sementes de nabiça e fedegoso. Bioscience Journal, 30, (3), 687-696.

Phitsuwan, P., Sakka, K., & Ratanakhanokchai, K. (2013). Improvement of lignocellulosic biomass in plant: a review of feedstock, biomass recalcitrance and strategic manipulation of ideal plants designed of ethanol production and processability. Biomass and Bioenergy, 58, 390-405.

Silva, F. A. S., & Azevedo, C. A. V. (2002). Versão do programa computacional Assistat para o sistema operacional Windows. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, 4, (1), 71-78.

Sun, Y. D., et al.(2011). Seed germination and physiological characteristics of Amaranthus mangostanus L. under drought stress. Advanced Materials Research-Switz, 183-185, 1071-1074.

Taiz, L., et al. (2017). Fisiologia e Desenvolvimento Vegetal (888p) Artmed: Porto Alegre.

Tobe, K., Li, X., & Omasa, K. (2000). Seed germination and radicle growth of a halophyte, Kalidium caspicum (Chenopodiaceae). Annals of Botany, 85 (3), 391-396.

Villela, F. A., Doni Filho, L., & Sequeira, E. L. (1991). Tabela de potencial osmótico em função da concentração de polietileno glicol 6000 e da temperatura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 26, (11/12), 1957-1968.

Wang, W. B., et al. (2009). Analysis of antioxidant enzyme activity during germination of alfalfa under salt and drought stresses. Plant Physiology Biochemistry, 47, 570-577.

Wu, C, et al. (2011). Effects of drought and salt stress on seed germination of three leguminous species. African Journal of Biotechnology, 10, (78), 17954-17961.

Downloads

Publicado

2020-07-07

Como Citar

Oliveira, S. S. C. de, Cruz, S. J. S., & Martins, C. C. (2020). Estresse hídrico e salino na germinação de sementes e crescimento de plântulas de nabo forrageiro. MAGISTRA, 30, 435–444. Recuperado de https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/view/4147

Edição

Seção

Artigo Científico