Resistência de tomateiros mutantes para tricomas contra patógenos foliares

Authors

  • Carla Dias Tunes Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS
  • Vanessa Pinto Gonçalves Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS
  • Daniele Brandstetter Rodrigues Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS
  • Andreia da Silva Almeida Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS
  • Priscila Rossatto Meneses Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS

Abstract

Resumo: As plantas utilizam diferentes mecanismos de defesa em resposta à presença de agentes patogênicos. Considerando os aspectos de defesa estrutural, ou constitutiva, objetivou-se oferecer uma melhor compreensão das interações tomateiro-patógenos para os diferentes tipos de parasitismos, representados por Oidium lycopersici, Phytophthora infestans e Botrytis cinerea. O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação, e os genótipos utilizados disponibilizados pelo Laboratório HCPD (Hormonal Control of Plant Development) ESALQ/USP. Para as inoculações de P. infestans e B. cinerea foi utilizado o método de microgotas, já a inoculação com O. lycopersici ocorreu por aspersão. As variáveis analisadas foram comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05). O período de incubação em B. cinerea no mutante Wooly foi maior que para Micro-Tom, hair absent e hairless. A incidência da doença para B. cinerea, nos genótipos Wooly e Galapagos, foi menor que para Micro-Tom. Quando inoculado P. infestans, nos genótipos Wooly e hairless a incidência da requeima foi menor que no Micro-Tom. Na inoculação com O. lycopersici, somente o genótipo hairless apresentou incidência do oídio menor que no  Micro-Tom. Quanto à taxa de expansão da lesão para requeima no mutante hair absent foi menor que a observada no mutante hairless. Já a severidade da requeima, nos genótipos mutantes hair absent e Wooly foi menor que a observada no Micro-Tom. Em relação aos mutantes hairless e Galapagos, a severidade da requeima nos mutantes hair absent e Wooly foi menor. A maior densidade de tricomas em plantas sugere maior resistência à patógenos necrotróficos e hemibiotróficos.

Palavras chave: Solanum lycopersicum (L.), Controle de pragas, Doenças microbianas em plantas.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Carla Dias Tunes, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS

Engenheira Agrônoma, Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Sementes.

Vanessa Pinto Gonçalves, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS

Engenheira Agrônoma, Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Sementes.

Daniele Brandstetter Rodrigues, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS

Engenheira Agrônoma, Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Sementes.

Andreia da Silva Almeida, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS

Bióloga, Pós-Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Sementes.

Priscila Rossatto Meneses, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)/RS

Engenheira Agrônoma, Doutora em Fitossanidade.

References

Aranda-Peres, A. (2010). Micro-Tom Mutants: trichome mutants.. Piracicaba: Laboratory of hormonal controlo f plant development ESALQ/USP. Recuperado em 28 de outubro, 2015, de http://www.esalq.usp.br/tomato/trichome.html.

Barnett, V., & Lewis, T. (1994). Outliers in Statistical Data (3rd Edition, 582p). New York: John Wiley & Sons. https://doi.org/10.1002/bimj.4710370219

Corrêa, F. M., Bueno Filho, J. S. S., & Carmo, M. G. F. (2009). Comparison of three diagrammatic keys for the quantification of late blight in tomato leaves. Plant Pathology, Oxford, 58 (6), 1128-1133. https://doi.org/10.1111/j.1365-3059.2009.02140.x

Corrêa, P. G., Pimentel, R. M. M., Cortez, J. S. A., & Xavier, H. S. (2008). Herbivoria e anatomia foliar em plantas tropicais brasileiras. Ciência e Cultura, Barretos, 60 (3), 54-57.

Emmanuel, E., & Levy, A. A. (2002). Tomato mutants as tools for functional genomics. Current Opinion in Plant Biology, London, 5 (2), 112-117.

Freeman, B.C., & Beattie, G.A. (2008). An overview of plant defenses against pathogens and herbivores. Plant Pathology and Microbiology. Doi 10.1094/PHI-I-2008-0226-01

Glazebrook, J. (2005). Contrasting mechanisms of defense against biotrophic and necrotrophic pathogens Annual Review of Phytopathology, Minnesota, 43 (1), 205-227. https://doi.org/10.1146/annurev.phyto.43.040204.135923

Goodman, R. N., Király, Z. ,& Wood, K. R. (1986). The biochemistry and physiology of plant disease (433p). Columbia, MO: University of Missouri Press.

Isaac, S. (2008). Fungal-plant interactions. In: Pascholati, S. F., Leite, B., Stangarlin, J. R. & Cia, P. Interação Planta-Patógeno: fisiologia, bioquímica e biologia molecular (Cap. 6, pp.227-248). Piracicaba: FEALQ.

Jerba, V. F., Rodella, R. A., & Furtado, E.L. (2005). Relação entre a estrutura foliar de feijoeiro e a pré-infecção por Glomerella cingulata f.sp. phaseoli. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Rio de Janeiro, 40 (3), 217-223.

Jesus Jr., W. C., Pozza, E. A., Vale, F. X. R., & Aguilera, G.M. (2004). Análise temporal de epidemias. In: Vale, F. X. R., Jesus Jr., W. C., & Zambolim, L. Epidemiologia Aplicada ao Manejo de Doenças de Plantas (Cap 4, pp.159-166). Belo Horizonte: Perfil.

Kang, J.H., Shi, F., Jones, A.D., Marks, M.D. & Howe, G.A. (2010). Distortion of trichome morphology by the hairless mutation of tomato affects leaf surface chemistry. Journal of Experimental Botany, Oxford, 61 (4), 1053-1064.

Kashimoto, K., Sameshima, T., Matsuda, Y., Nonomura, T., Oichi, W., Kakutani, K.,Akata, K. Kusakari, S., & Toyoda, H. (2003). Infectivity of a Japanese isolate of Oidium neolycopersici KTP-01 to a European tomato cultivar resistant to O. lycopersici. Journal of General Plant Pathology, Sapporo, 69 (1), 406-408.

Luckwill, L.C. (1943). The genus Lycopersicon: na historical, biological, and taxonomic survey of the wild cultivated tomatoes (44p). Aberdeen: Aberdeen University Press.

Martin, C., & Glover, B.J. (2007). Functional aspects of cell patterning in aerial epidermis. Current Opinion in Plant Biology, London, 10 (1), 70-82.

Mathews, H., Clendennen, S.K., Caldwell, C.G., Liu, X.L., Connors, K., Matheis. N., Schuster, D.K., Menasco, D.J., Wagoner, W., Lightner, J. & Wagner, D.R. (2003). Activation tagging in tomato mark identifies a transcription regulator of anthocyanin biosynthesis, modification, and transport. The Plant Cell, Rockville, 15, 1689-1703.

Meissner, R., Jacobson, Y., Melamed, S., Levyatuv, S., Shalev, L., Ashri, A., Elkind, Y. & Levy, A. (1997). A new model system for tomato genetics. The Plant Journal, Oxford, 12 (6), 1465-1472.

Pascholati, S. F., Leite, B., Stangarlin, J. R., & Cia, P. (2008). Interação planta-patógeno: fisiologia, bioquímica e biologia molecular (627p). Piracicaba: FEALQ.

Pascholati, S. F., & Leite, B. (1995). Hospedeiro: Mecanismos de resistência. In: Bergamin Filho, A., Kimati, H., & Amorim, L. Manual de Fitopatologia: princípios e conceitos. (Cap 1, pp.417-454). São Paulo: CERES.

Pineda, B., Giménez-Caminero, E., García-Sogo, B., Antón, M.T., Atarés, A., Capel, J., Lozano, R., Angosto, T. & Monero, V. (2010). Genetic and physiological characterization of the arlequin insertional mutant reveals a key regulator of reproductive development in tomato. Plant Cell physiology, Tokyo, 51 (3), 435-447.

Pino-Nunes, L. E., Figueira, A. V. O., Tulmann Neto, A., Zsögön, A., Piotto, F. A., Silva, J. A., Bernardi, W. F., & Peres, L. E. P. (2009). Induced mutagenesis and natural genetic variation in tomato 'micro-tom'. Acta horticulturae, Wageningen, 821 (5), 63-72.

Rairdan, G., & Moffett, P. (2007). Brothers in arms? Common and contrasting themes in pathogen perception by plant NB-LRR and animal NACHT-LRR proteins. Microbes and Infection, Paris, 9 (5), 677-686.

Rousseeuw, P. J., & Leroy, A. M. (1987). Robust Regression and Outlier Detection. New York: John Wiley & Sons.

Schenk, P.M., Kazan, K., Wilson, I., Anderson, J.P., Richmond, T., Somerville, S.C. & Manners, J.M. (2000). Coordinated plant defense responses in Arabidopsis revealed by microarray analysis. Proceedings of the National Academy of Sciences, Washington, 97 (21), 11655-11660. DOI:10.1073/pnas.97.21.11655

Schwan-Estrada, K. R. F., Stangarlin, J. R., & Pascholati, S.F. (2008). Mecanismos bioquímicos de defesa vegetal. In: Pascholati, S. F., Leite, B., Stangarlin, J. R., & Cia, P. Interação Planta Patógeno – Fisiologia, Bioquímica e Biologia Molecular. (Cap 6, pp.227-248). Piracicaba: FEALQ.

Scott, J. W., & Harbaugh, B. K. (1989). Micro-Tom - A miniature dwarf tomato (Circular Técnica, n.370, 6p). Gainesville, FL: Agricultural Experiment Station.

Soares, A. M. S. & Machado, O. L. T. (2007). Defesa de plantas: sinalização química e espécies reativas de oxigênio. Revista Trópica - Ciências Agrárias e Biológicas, Chapadinha, 1(1), 9-19.

Stangarlin, J. R., Kuhn, O. J., Toledo, M. V., Portz, R. L., Schwan-Estrada, K. R. F., & Pascholati, S. F. (2011). A defesa vegetal contra fitopatógenos. Scientia Agraria Paranaensis, Acrelândia, 10 (1), 18-46.

Vale, F. X. R., Fernandes Filho, E. I., & Liberato, J. R. (2003). QUANT. A software plant disease severity assessment. Anais International Congress of Plant Pathology (p.105). Christchurch: New Zealand, 8.

Watanabe, S., Mizoguchi, T., Aoki, K., Kubo, K., Mori, H., Imanishi, S., Yamazaki, Y., Shibata, D., & Ezura, H. (2007). Ethylmethanesulfonate (EMS) mutagenesis of Solanum lycopersicon cv. Micro-Tom for large-scale mutant screens. Plant Biotechnology Journal, Oxford, 24 (1), 33-38.

Published

2019-07-12

How to Cite

Dias Tunes, C., Pinto Gonçalves, V., Brandstetter Rodrigues, D., da Silva Almeida, A., & Rossatto Meneses, P. (2019). Resistência de tomateiros mutantes para tricomas contra patógenos foliares. MAGISTRA, 30, 104–112. Retrieved from https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/view/4137

Issue

Section

Artigo Científico