Caracterização física, físico-química e química de frutos de pitangueiras oriundas de Cinco Municípios Baianos
Resumo
Resumo: O fruto da pitangueira tem destaque devido as suas características sensoriais agradáveis. Este trabalho teve o objetivo de efetuar a caracterização física, físico-química e química de frutos de pitangueira cultivadas em cinco municípios da Bahia. As análises foram realizadas no Laboratório de Tecnologia de Alimentos, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Foram realizadas análises de rendimento de polpa, pH; sólidos solúveis; acidez titulável; relação sólido solúveis/acidez (ratio); índice tecnológico;
açúcares (redutores, não redutores e totais); ácido ascórbico; proteína; umidade; lipídios; fibra bruta; cinzas; e minerais (fósforo, nitrogênio, cálcio, sódio, magnésio, enxofre, potássio, ferro, cobre, zinco, manganês). Os frutos apresentaram rendimento considerável de polpa (79,46%) e razoáveis valores de açúcares (8,41 g 100 g-1), acidez (1,86% de ácido citrico), ácido ascórbico (18,6 mg 100 g-1) e minerais (P- 51,0 mg 100 g-1; K-
122,0 mg 100 g-1; Ca- 17,0 mg 100 g-1; Mg- 16,0 mg 100 g-1; e N- 98,0 mg 100 g-1). No geral, o conteúdo de minerais foram baixos com exceção do zinco e manganês. Os frutos da pitangueira apresentaram rendimento considerável de polpa, bom índice tecnológico e valores razoáveis de açúcares, acidez e ácido ascórbico. No geral, o conteúdo de macro e micronutrientes foram baixos com exceção dos nutrientes minerais zinco e manganês. As informações levantadas demonstraram que os frutos da pitangueira podem ser alternativa
viável para sua exploração no setor da agroindústria.
Palavras chave: Nutrientes minerais, Eugenia uniflora, Myrtacea.
Physical,
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