Propriedades da madeira e do carvão vegetal de Eucalyptus sp. cultivados na região do Recôncavo da Bahia
Resumo
Resumo: Uma das opções disponíveis para atender a demanda de matéria-prima para o consumo
doméstico e para as indústrias de madeira serrada e de energia de algumas regiões do estado da Bahia é a
utilização da madeira e do carvão vegetal de Eucalyptus sp. Dessa forma, o presente trabalho teve como
objetivo avaliar a qualidade da madeira e do carvão vegetal de Eucalyptus sp. plantados em 1964 e
cultivado no campus da UFRB no município de Cruz das Almas – BA. Para isso, utilizaram-se cinco árvores
que foram amostradas em cinco pontos distribuídos sistematicamente no tronco para a determinação da
densidade básica, contrações tangencial, radial e coeficiente de anisotropia. Para a produção do carvão
foram retiradas toras de 50 cm próximas à base das árvores. O processo de pirólise foi conduzido na
temperatura máxima de 450O C. Foram determinados o rendimento gravimétrico, densidade relativa
aparente e análise química imediata do carvão. A madeira possui densidade básica média de 0,750 g/cm³, a
média das contrações tangenciais foi de 8,87% e a média das contrações radiais foi de 8,40%, resultando
em um coeficiente de anisotropia médio de 1,06. O rendimento gravimétrico da produção do carvão foi de
29%, a densidade relativa aparente foi de 0,470 g/cm3, o rendimento de licor pirolenhoso foi de 45% e o de
alcatrão foi de 7%. O teor de cinzas foi de 1,33%, o teor de materiais voláteis foi de 20,54% e o carbono fixo
médio foi de 78,13%. Existe uma forte correlação entre o rendimento em alcatrão e a umidade da madeira.
Teores de cinzas e de materiais voláteis exibiram correlações inversas com o teor de carbono fixo.
Correlação inversa foi observada entre as contrações na madeira e o rendimento gravimétrico. A densidade
básica da madeira possui correlações intermediárias com rendimento gravimétrico. Tanto a madeira quanto
o carvão produzido possuem boas características para utilização como energia e/ou madeira serrada.
Palavras chave: Carvão vegetal, Eucalipto, Propriedades da madeira.
Downloads
Referências
Associação Brasileira d Normas Técnicas
(1997). NBR 7190 Projeto de Estruturas de
Madeiras. Comissão de Estudo de Estruturas
de Madeiras. Rio de Janeiro, Brasil.107.
Associação Brasileira de Normas Técnicas
(1983). NBR 8112/83 – Carvão vegetal– análise
imediata (6p.).
American Society For Testing and Materials.
(1997). Annual book of ASTM). Denvers,
p. D 143 – 94. Standards methods of
testing small, clear specimens of timber,
(pp.23-53).
Batista, D. C., klitzke, R. J. & Santos, C. V. T.
(2010). Densidade básica e retratibilidade da
madeira de clones de três espécies de
Eucalyptus. Ciência Florestal, Santa Maria, 20 (4),
-674.
Botrel, M.C.G., Trugilho, P.F., Rosado, S.C.S. &
Silva, J.R.M. (2007). Melhoramento genético das
propriedades do carvão vegetal de Eucalyptus.
Revista Árvore, 31 (3), 391-398.
Brito, J O. & Barrichelo, L E. (1977). Correlações
entre características físicas e químicas da
madeira e a produção do carvão vegetal: I.
densidade e teor de lignina da madeira de
Eucalipto (n.14, pp. 09-20). IPEF.
Carmo, J. S. (1988) Propriedades Físicas e
Químicas do Carvão Vegetal Destinado a
Siderurgia e Metalurgia. Monografia de
Graduação, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, MG, Brasil.
Chaves, M. D. (2007). Gaseificação de materiais
lignocelulósicos para geração de energia elétrica
(51f). Dissertação de Mestrado, Universidade
Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil.
Cotta, A. M. G. (1996) Qualidade do carvão
vegetal para siderurgia. Monografia de
Graduação, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, MG, Brasil.
Ferreira, D. F. (2011). Sisvar: a computer
statistical analysis system. Ciência e
Agrotecnologia, 35 (6), 1039-1042.
Lemos A. L. F., Garcia R. A., Lopes J. O.
Carvalho A. M. & Latorraca J. V. F. (2012).
Madeira de Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill
& L.A.S. Johnson sob aspectos físicos e anatômicos como fatores qualitativos. Floresta e
Ambiente, 19 (1), 1-8.
Oliveira, J. T. S. Tomazello Filho, M. E & Fiedler,
N. C. (2010). Avaliação da retratibilidade da
madeira de sete espécies de Eucalyptus. Revista
Árvore, Viçosa, Minas Gerais, 34 (5), 929-936.
Oliveira, E. de (1988). Correlação entre
parâmetros de qualidade da madeira e do carvão
de Eucalyptus grandis (W. Hill ex- Maiden (47f.)
Dissertação de Mestrado, Universidade Federal
de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.
Santos, R. C., Carneiro, A. C. O. Castro, A. F. M.
Castro, R. V. O. Bianche, J. J. Souza, M. M. &
Cardoso, M. T. (2011). Correlações entre os
parâmetros de qualidade da madeira e do carvão
vegetal de clones de eucalipto. Scientia
Forestalis, Piracicaba, 39 (90), 221-230.
Santos, R. C., Carneiro, A. C. O., Trugilho, P. F.
,Mendes, L. M. & Carvalho, A. M. M. L. (2012)
Análise termogravimétrica em clones de
eucalipto como subsídio para a produção de
carvão vegetal. Cerne, Lavras, Minas Gerais,18
(1), 143-151.
Silva, J. R. M. (2002). Relações da usinabilidade
e aderência do verniz com as propriedades
fundamentais do Eucalyptus grandis Hill ex.
Maiden (179f.). Tese de Doutorado, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.
Thibau, C.E. (2000). Produção sustentada em
florestas: Conceitos e tecnologias biomassa
energética pesquisas e constatações (511p.).
Belo Horizonte: Escriba Editora Gráfica.
Vital, B.R. (1984). Métodos de determinação
da densidade da madeira. (Boletim técnico,
p). Viçosa, SIF.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.