Toxicidade de extratos de pinhão manso ao ácaro-rajado, Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae)
Resumo
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade acaricida de derivados (extratos e óleo) de diferentes partes de pinhão-manso (Jatropha curcas L.), em diferentes concentrações, visando ao manejo do ácaro-rajado, Tetranychus urticae. Discos de folhas de feijão-de-porco (4 cm de diâmetro) contendo 10 fêmeas de T. urticae foram pulverizadas com auxílio de uma torre de Potter, aplicando-se 6 mL de solução por repetição. Foram utilizadas 10 repetições por tratamento, sendo avaliada a mortalidade 72 horas após a pulverização. O óleo de J. curcas foi o único extrato que não se ajustou a nenhum modelo de regressão. As partes da planta de pinhão-manso folha, caule e raiz apresentaram efeito dose-resposta sobre a mortalidade de T. urticae, apresentando aumento da mortalidade em função do aumento da concentração desses extratos. Contudo, as mortalidades observadas nos tratamentos com o extrato da casca do caule se ajustaram ao modelo de regressão quadrática. O óleo de J. curcas na concentração de 1,0% e os extratos de folha e caule dessa planta na concentração de 3,0% causam mortalidade de T. urticae entre 82,6 e 88,5%. Assim, esses extratos de J. curcas podem ser utilizados para o manejo de T. urticae.
Palavras chave: Manejo Integrado de Pragas (MIP), Efeito dose-resposta, Jatropha curcas
Downloads
Referências
Abbott, W. S. A. (1925). Method for computing the effectiveness of an insecticide. Journal of Invertebrate Pathology, 18 (1), 265-267.
Audi, J., Belson, M., Patel, M., Schier, J., & Osterloh, J. (2005). Ricin poisoning: a comprehensive review. The Journal of the American Medical Association, 294 (18), 2342-2351.
Botti, J. M. C., Holtz, A. M., Paulo, H. H., Franzin, M. L., Pratissoli, D., & Pires, A. A. (2015). Controle alternativo do Brevicoryne brassicae (Hemiptera: Aphididae) com extratos de diferentes espécies de plantas. Agrária - Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 10 (2), 178-183.
Brito, G. G., Costa, E. C., Maziero, H., Brito, A. B., & Dörr, F. A. (2004). Preferência da broca-das-cucurbitáceas [Diaphania nitidalis Cramer, 1782 (Lepidoptera: Pyralidae)] por cultivares de pepineiro em ambiente protegido. Ciência Rural, 34 (2), 577-579.
Darby, S. M., Miller, M. L., & Allen, R. O. (2001). Forensic determination of ricin and the alkaloid marker ricinine from castor bean extracts. Journal of Forensic Sciences, 46 (5), 1033-1042.
Esteves Filho, A. B., Oliveira, J. V., Torres, J. B.,& Gondim JR, M. G. C.(2010). Biologia comparada e comportamento de Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) e Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari: Phytoseiidae) em algodoeiro BollgardTM e isolinha não-transgênica. Neotropical Entomology, 39 (3), 338-344.
Esteves Filho, A. B., Oliveira, J. V., Torres, J. B., & Matos, C. H. C.(2013a). Toxicidade de espiromesifeno e acaricidas naturais para Tetranychus urticae koch e compatibilidade com Phytoseiulus macropilis (Banks). Semina: Ciências Agrárias, 34 (6), 2675-2686.
Esteves Filho, A. B., Oliveira, J. V., & Matos, C. H. C. (2013b). Eficiência residual de acaricidas sintéticos e produtos naturais para Tetranychus urticae Koch, em algodoeiro. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 8 (4), 583-588.
Fadini, M. A. M., Pallini, A., & Venzon, M. (2004). Controle de ácaros em sistema de produção integrada de morango. Ciência Rural, 34 (4), 1271-1277.
Han, J., Kim, S-IL, Choi, B-R, Lee, S-G. , & Ahn, Y-J. (2011). Fumigant toxicity of lemon eucalyptus oil constituents to acaricide-susceptible and acaricide-resistant Tetranychus urticae. Pest Management Science, 67 (12), 609-740.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2015). SIDRA: Sistema IBGE de Recuperação Automática. [Software]. Recuperado em 30 setembro, 2015, de http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&o=11&i=P&c=1613
Isman, M. B. (2006). Botanical insecticides, deterrents, and repellents in modern agriculture and an increasingly regulated world. Annual Review of Entomology, 51, 45-66.
Juliet, S., Ravindran, R., Ramankutty, S. A., Gopalan, A. K. K., Nair, S. N., Kavillimakkil, A. K., Bandyopadhyay, A., Rawat, A. K. S., & Ghosh, S. (2012). Jatropha curcas (Linn) leaf extract -a possible alternative for population control of Rhipicephalus (Boophilus) annulatus. Asian Pacific Journal of Tropical Disease, 2 (3), 225-229.
Lord, M. J., Roberts, L. M., & Robertus, J. D. (1994). Ricin: structure, mode of action and some current applications. The Faseb Jounal, 8 (2), 201-208.
Oliveira, C. A. L. (1987). Ácaros. In: Ruggiero, C. (Ed.). Cultura do Maracujazeiro. (pp. 104-110). Ribeirão Preto: Legis-Summa.
Oliveira, C. A. L., & Calcagnolo, G. (2001). Ação do ácaro branco Polyphagotarsonemus latus (Banks,1904) na depreciação quantitativa e qualitativa da produção algodoeira. O Biológico, 40 (5), 139-149.
Olsnes, S., & Kozlov, J. (2001). Ricin. Toxicon, 39 (11), 1723-1728.
Roel, A. R. (2001). Utilização de plantas com propriedades inseticidas: uma contribuição para o desenvolvimento rural sustentável. Interações, 1(2), 43-50.
Sparks, T. C., & R. Nauen. (2015). IRAC: Mode of action classification and insecticide resistance management. Pesticide Biochemistry and Physiology,121 (1), 122-128.
Staubmann, R., Foild, G., Foild, N., Gubitz, G. M., Lafferty, R. M., Arbizu, U. M., & Steiner, W. (1999). Biogas production from Jatropha curcas press cake. Applied Biochemistry and Biotechnology, 63 (1), 457-467.
Stirpe, F., Pession-Brizzi, A., Lorenzoni, E., Strocchi, P., Montanaro, L., & Sperti, S. (1976).
Studies on the proteins from the seeds of Croton tigliumi and of Jatropha curcas. Toxic properties and inhibition of protein synthesis in vitro. Biochemical Journal, 156 (1), 1-6.
Wiesbrook, M. L. (2004). Natural indeed: are natural insecticides safer and better than conventional insecticides? Illinois Pesticide Review, 17 (3), 1-8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.