AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA CORVINA COMERCIALIZADA EM FEIRAS LIVRES DE CIDADES DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Palavras-chave:
Análises Físico-Químicas, Análises Microbiológicas, Boas Práticas, PescadoResumo
O peixe é um alimento altamente perecível devido à sua elevada atividade de água e conteúdo proteico. Este estudo avaliou a qualidade das corvinas (Micropogonias furnieri) comercializadas em feiras livres na região do Recôncavo baiano. A amostragem ocorreu nos municípios de Cruz das Almas, Muritiba, Cachoeira, Maragogipe e Santo Amaro, entre novembro de 2017 e janeiro de 2018. Um checklist de higiene e sanidade aplicado aos serviços de alimentação revelou que 100% das feiras livres foram classificadas como ruins. Análises físico-químicas, como temperatura, pH, amônia, gás sulfídrico e teste de cocção, foram realizadas, mas mostraram-se ineficazes como indicadores de frescor. As análises microbiológicas quantificaram aeróbios mesófilos, aeróbios psicrotróficos, Staphylococcus aureus, Enterococcus spp., bolores, leveduras, coliformes totais e termotolerantes, além da presença de Salmonella spp., demonstrando 100% de não conformidade com a RDC 12/2001. As amostras de corvinas foram consideradas impróprias para o consumo, não atendendo às legislações federais. Esses resultados ressaltam a necessidade urgente de implementar boas práticas de manipulação e fomentar programas de educação sanitária para manipuladores e consumidores.