Da coisa — de se a frequentam outras coisas
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i2.955Palavras-chave:
Coisa; Corpo; Tempo; Linguagem; Desejo.Resumo
Propomos investigar a originalidade da poesia de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, frente ao pensamento moderno e contemporâneo. Ao aliar uma experiência original da realidade imediata, uma desaprendizagem das abstrações metafísicas/modernas e uma linguagem conciliada com as coisas elas mesmas, a poesia de Caeiro se mostra apta a figurar como uma superação possível das dicotomias características do pensamento moderno, como sujeito e objeto. Ela pode solucionar também os impasses da fenomenologia de Merleau-Ponty, como a articulação corpo e natureza e a passagem da experiência perceptiva muda à linguagem. Para tanto, consideramos pontualmente a experiência caeiriana da coisa, do corpo, da linguagem, e sua negação da Realidade como tempo e como desejo.
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