Sobre o messianismo no fragmento político-teológico de Walter Benjamin

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v16i2.759

Palavras-chave:

Walter Benjamin; Messianismo; Acontecer histórico; Estado de Exceção efetivo; Profanação.

Resumo

O presente artigo tem o objetivo de analisar o texto do Fragmento Político-Teológico (1991) de Walter Benjamin. Apesar de ser um texto curto ele apresenta alguns elementos fundamentais para se estruturar a argumentação benjaminiana sobre a história. Neste fragmento é trabalhada a figura de um messias que é responsável por levar o acontecimento histórico à termo. O messianismo presente em Benjamin se aproxima assim da realização do estado de exceção efetivo proposto por ele em suas Teses sobre o conceito de história (In: LÖWY, 2005). Um estado de exceção que não represente apenas a suspensão das regras, mas a sua completa aniquilação. Desta forma o messianismo reflete um potencial de profanação, de retirada da sacralização das leis em nome de uma retomada do uso comum. A proposta benjaminiana encaminha para uma constituição de uma forma de política que não se limite à simples reprodução do status quo, mas represente, de fato, uma efetivação, uma aniquilação, de tudo o que se tornou opressor no acontecer histórico.

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Biografia do Autor

Mauro Rocha Baptista, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Professor do departamento de Ciências Humanas da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Barbacena/MG – Brasil.

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Publicado

2017-12-18

Como Citar

BAPTISTA, Mauro Rocha. Sobre o messianismo no fragmento político-teológico de Walter Benjamin. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 382–397, 2017. DOI: 10.31977/grirfi.v16i2.759. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/759. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos