Da noção de organismo no emergentismo ontológico de Martin Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3407Palavras-chave:
Heidegger; Ontologia; Emergentismo; Metafísica; Naturalismo.Resumo
Ao contrário de ontologias de cunho pampsiquista presente na obra de autores como Alfred North Whitehead e Gottfried Leibniz, Martin Heidegger propõe uma perspectiva emergentista ilustrada em sua célebre distinção na qual se afirma que a pedra é sem mundo, o animal é pobre de mundo e o homem é formador de mundo. Admitindo a ultrapassagem ontológica qualitativa que há entre matéria e vida ou não-intencionalidade e intencionalidade, Heidegger advoga por um emergentismo fenomenologicamente justificado. Dito isso, o artigo visa demonstrar como a ontologia heideggeriana pressupõe a distinção qualitativa entre esfera física, biológica e humana ao examinarmos o conceito de organismo proposto pelo filósofo alemão.
Downloads
Referências
CANGUILHEM, G. O Normal e o Patológico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
CHALMERS, D. Panpsychism and Panprotopsychism. www.consc.net, 2013. Disponível em: <http://consc.net/papers/panpsychism.pdf>. Acesso em: 14 de junho de 2023.
GIBSON, J. J. The Ecological Approach to Visual Perception. United Kingdom: Psychology Press, 2014.
HEIDEGGER, M. Os Conceitos Fundamentais da Metafísica: Mundo, Finitude, Solidão. Tradução: Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.
HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2005.
JAMES, W. A Pluralistic Universe. In: William James: Writings 1902-1910. New York: Library of America, 1988.
JONAS, H. Organismus und Freiheit. Ansätze zu einer philosophischen Biologie. Göttingen: Vandenhoeck and Ruprecht. Das Prinzip Leben. Frankfurt am Main und Leipzig: Insel, 1973.
JONAS, H. The Phenomenon of Life: Toward a Philosophical Biology. Illinois: Northwestern University Press, 2001.
LEIBNIZ, Gottfried. A Monadologia e outros textos. São Paulo: Editora Hedra, 2009
MATURANA, H.; VARELA, F. De Máquinas e Seres Vivos - Autopoiese: A Organização do vivo. Porto Alegre: Ed.Artes Médicas, 1997.
MERLEAU-PONTY, M. A Natureza: Curso do Collège de France. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
RAMOS, Silvana de Souza. A Prosa de Dora: Uma Leitura da Articulação entre Natureza e Cultura na Filosofia de Merleau-Ponty. São Paulo: Edusp, 2013.
ROUX, Wilhelm. Archiv für Entwicklungsmechanik der Organismen. Londres: Forgotten Books, 2019.
SARTRE, J. P. O Ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenológica. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1998.
SCHRÖDINGER, Erwin. O que é vida? Seguido de Mente e Matéria & Fragmentos Autobiográficos. São Paulo: Editora Unesp, 1997.
UEXKÜLL, Jakob Von. A Foray into the Worlds of Animals and Humans. Minnesota: Editora University of Minnesota Press, 2010.
VIVEIROS DE CASTRO, E. Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
WAAL, F. de. Are we smart enough to know how smart animals are? New York: W.W. Norton& Company, 2016.
WHITEHEAD, A. N. A Ciência e o Mundo Moderno. São Paulo: Editora Paulus, 2006.
WHITEHEAD, A. N. The Concept of Nature. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
WHITEHEAD, A. N. Process and Reality: An Essay in Cosmology. Londres/Nova York: The Free Press/Macmillan, 1979.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Rodrigo Benevides Barbosa Gomes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam na Griot : Revista de Filosofia mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution 4.0 International License, permitindo compartilhamento e adaptação, mesmo para fins comerciais, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Leia mais...