"É para o seu próprio bem": a dimensão ética das ferramentas de detecção de risco de suicídio e da intervenção paternalista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i1.2774

Palavras-chave:

Suicídio; Autonomia; Intervenção paternalista; Inteligência artificial; Redes sociais.

Resumo

O impedimento de indivíduos acometidos por enfermidade psíquica em risco de suicídio é bem justificado. Mas o impedimento do suicida racional é complicado pelo conflito entre defendermos a vida e defendermos a autonomia, como ilustrado pelas diversas abordagens filosóficas quanto à dimensão ética do suicídio. Argumentaremos que a intervenção paternalista sobre o indivíduo autônomo, desde que de natureza pontual e escopo limitado, é também justificada. Para tanto iremos nos valer da distinção entre autonomia superficial (shallow) e profunda (deep), bem como de fatores complicadores oriundos de literatura médica recente: a questão da ambivalência e o cry for help model. Dedicaremos especial atenção também às implicações éticas de novas estratégias de detecção de risco que utilizam inteligência artificial aplicada a bases de dados de redes sociais como o Facebook. Embora os dados preliminares sugiram ser ferramentas eficazes, a falta de transparência, regulamentação e consentimento coloca em risco liberdades e direitos civis. 

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Biografia do Autor

Alexander Maar, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET – MG)

Doutor(a) em Filosofia pela  University of Auckland (U.AUCKLAND), Nova Zelândia. Professor(a) do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET – MG), Belo Horizonte – MG, Brasil.

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Publicado

2022-02-27

Como Citar

MAAR, Alexander. "É para o seu próprio bem": a dimensão ética das ferramentas de detecção de risco de suicídio e da intervenção paternalista. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 95–116, 2022. DOI: 10.31977/grirfi.v22i1.2774. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2774. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos