Temporalidade em Husserl
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i1.2765Palavras-chave:
Husserl; Consciência; Subjetividade.Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar, na perspectiva de Edmund Husserl, os conceitos de consciência, de subjetividade e de tempo. Para o desenvolvimento desse intento são utilizados, principalmente, os seguintes textos originais husserlianos: Investigações Lógicas, Lições para uma Fenomenologia da Consciência Interna do Tempo e Meditações Cartesianas. Neste texto, é apresentado, inicialmente, o conceito de consciência como unidade real-fenomenológica das vivências do eu, como autoconsciência e como vivência intencional. A subjetividade é abordada a partir dos conceitos de eu empírico e de eu puro. Já o tempo é exposto sob o viés fenomenológico. Por fim, no último item, é abordada a relação intrínseca estabelecida entre os conceitos de tempo e de subjetividade, sendo evidenciado, assim, o conceito de fluxo absoluto de vivências, que é ausente de tempo, que é o absoluto último e verdadeiro. Paradoxalmente, é demonstrado que é no próprio fluxo que a temporalidade se origina, sendo na temporalidade, por intermédio das vivências, que a vida subjetiva se efetiva e se consolida. Ou seja, é explicitado que o tempo é o catalisador do desenvolvimento da subjetividade por intermédio das vivências temporais e que é nessa relação autogênica essencial que são criadas as condições para o desenrolar da vida em unidade, cujo processo é caracterizado pela abertura ao tempo, um fluir na perpetuidade viva do presente.
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