Simone de Beauvoir: considerações sobre o envelhecimento e a finitude na obra Mal-entendido em Moscou
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v21i2.2365Palavras-chave:
Simone de Beauvoir; Feminismo; Envelhecimento; Finitude; Literatura.Resumo
Este artigo analisa a obra Mal-entendido em Moscou de Simone de Beauvoir a partir de dois temas específicos: o envelhecimento e a finitude. O livro narra a história de André e Nicole, dois professores universitários aposentados que sentem o peso da idade ao viajar para a União Soviética pela segunda vez na vida. Assim, inicia-se uma série de mal-entendidos: a não comunicação, o medo de envelhecer, o amor de longa data, a pressuposição de uma identidade feminina, as expectativas políticas e a diferença da compreensão de mundo dos personagens. O texto trata desses desencontros principalmente do impacto do envelhecimento e a percepção da finitude para a protagonista, o que nos instiga a pensar como essas inquietações reverberam também em todos nós. O artigo se subdivide do seguinte modo; primeiro aborda de maneira geral a relação entre filosofia e literatura na produção de Beauvoir; a seguir apresenta o enredo da obra destacando alguns elementos importantes para a discussão e; por último, investiga questões sobre o envelhecimento e a facticidade, buscando entender o enfoque original que a filósofa delineia na criação corajosa e realista que faz de seus personagens.
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