Metáfora, metonímia e método na transição analógica da representação à vontade: o conhecimento da coisa em si na metafísica de Schopenhauer
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i3.1997Palavras-chave:
Schopenhauer; Analogia; Coisa em si; Metáfora; Metonímia; Método.Resumo
Este artigo tem como objetivo geral comentar o estatuto do conhecimento da coisa em si na metafísica de Schopenhauer. De modo mais específico, visa analisar como se inserem neste debate, tradicionalmente enfrentado por estudiosos da filosofia schopenhaueriana como Julian Young, Paul Lauxtermann e David Cartwright, duas correntes interpretativas bastante discutidas neste ciclo, principalmente na última década; ambas lidam com o problema da coisa em si a partir de uma interpretação da transição analógica que Schopenhauer empreende do mundo da representação para o da Vontade. Ao disputarem que tipo de conhecimento, metafórico ou metonímico, esse autor pode almejar da coisa em si, é possível apontar como De Cian e Marco Segala, bem como Jorge Prado, por um lado, e Sandra Shapshay, de outro, se distanciam da tradição exegética que lhes antecede; e, mais ainda, em que medida eles são precursores no esforço de apontar uma espécie de “método” específico, alternativo ao método transcendental kantiano, a partir do qual Schopenhauer realizaria sua empreitada metafísica. A fim de situar nossa própria interpretação entre a desses comentadores, focaremos na análise de passagens de O mundo como vontade e como representação e da Crítica da filosofia kantiana, em que Schopenhauer especifica com mais ênfase como deve ser entendida sua abordagem metafísica.
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