Nietzsche e um jeito diferente de fazer filosofia: da superação à genealogia do pensamento
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i3.1952Palavras-chave:
Nietzsche; Filosofia; Superação; Genealogia; Estilística.Resumo
Para muitos, Nietzsche não é considerado um filósofo, mas um poeta. Entre os diversos fatores que contribuem para negar o status philosophicus ao filósofo alemão reside, por um lado, no aspecto de seu conteúdo e, por outro, no seu aspecto formal. Quanto ao conteúdo é difícil perceber algum aspecto propositivo em seu pensamento, uma tese construtiva, ao contrário, trata-se de um pensamento desconstrutivo, demolidor, um filosofar a marteladas. Quanto a forma, o estilo da escrita nietzschiana se caracteriza pelo aforismo ao invés do discurso contínuo, cada aforismo abriga um conjunto de metáforas que se destacam como enigmas a serem decifrados. Nossa proposta, neste artigo, é mostrar que apesar do conteúdo e da forma, mediante os quais, o pensamento de Nietzsche se apresenta, há uma filosofia que se dá pela superação de uma concepção racional e moral para estabelecer a genealogia de um pensamento.
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