Subjetividade transcendental e Deus: fundamentos da fenomenologia de Husserl
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i3.1833Palavras-chave:
: Fenomenologia; Ciência; Metafísica; Subjetividade Transcendental; Deus.Resumo
A ciência fenomenológica procura tratar os fenômenos como puras possibilidades. Tudo o que se doa para a consciência tem a possibilidade de ser descrito tal e qual se mostra por si mesmo numa intuição. O sujeito transcendental é o fundamento receptivo para o que é dado e, é dele, que partem os raios intencionais, dos quais os fenômenos ganham um sentido de ser de algo. Deus para ter sentido de “Deus” precisa ser para um sujeito. Mas, como Deus se doa? Ele não é tal como os objetos que são dados de imediato para a consciência, mas mediado por uma teleologia da própria razão. O presente artigo se propõe pensar no tratamento que Husserl dá a sua fenomenologia como metafisica (ciência primeira), partindo da subjetividade transcendental e destacando se “Deus” não excede ou seria outro fundamento ao lado do ego puro. A partir daí, procura-se ressaltar como o “fenômeno Deus” aparece no seu sistema fenomenológico, verificando como isso se dá em seus escritos inéditos apresentados por Jocelyn Benoist e a abertura para uma fenomenologia metafísica com Jean Luc-Marion.
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