Dos milagres ou das crenças causais ilegítimas, em David Hume
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i2.1486Palavras-chave:
Milagres; Prova; Método Experimental; Causalidade; Hume.Resumo
Abordaremos aqui as crenças causais em milagres a partir do método experimental usado por Hume a fim de saber se tais crenças podem ser ditas legítimas ou não. Dessa forma, teremos duas possibilidades: ou os critérios usados para julgar crenças causais confirmam a legitimidade de milagres, e então teremos que assumir que tais critérios são demasiados falhos ao dar conta da natureza dos milagres – uma vez que são contrários à experiência. Ou, então, os critérios usados para julgar crenças causais não permitirão conferir um estatuto de legitimidade aos milagres, e assim teremos uma base razoável para julgar crenças causais legítimas. Defenderemos, a partir dos textos de Hume, esta segunda hipótese com o seguinte argumento: uma crença para ser dita legítima tem que ter o estatuto de prova, a crença em milagre jamais poderá ser uma prova, logo, a crença em milagre jamais poderá ser dita legítima.
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