A experiência musical e a interpretação simbólico-transcendental a partir de Ernst Cassirer e Susanne Langer
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i3.1224Palavras-chave:
Experiência Musical; Simbolismo; Arte.Resumo
O presente artigo tem o objetivo de aprofundar o debate sobre a noção de experiência musical, explicitando os aspectos epistemológicos de uma interpretação filosófica a qual chamamos de simbólico-transcendental. Trata-se do projeto teórico iniciado por Ernst Cassirer, e retomado por Susanne Langer, o qual defende que as manifestações da Cultura são formas simbólicas particulares, quais sejam: conhecimento, linguagem, mito, religião e arte, sendo a partir destas que é possível ao espírito humano significar o real de modo objetivo. A capacidade de simbolizar, por sua vez, constitui-se como resultado de uma função operativa, transcendental e válida a priori, a qual é o aspecto fundante que marca a diferença entre o homens e animais, por exemplo. Para que a experiência musical possa ser entendida nos termos da interpretação simbólico-transcendental que construiremos aqui, realizaremos um percurso argumentativo cujo três momentos centrais são: i) a compreensão da arte como uma forma simbólica particular, ii) a distinção entre arte e linguagem enquanto formas simbólicas e como condição necessária para a teoria da arte de Susanne Langer e iii) os aspectos constitutivos da experiência musical (significação, produção e recepção).
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