Do “Tractatus” às “Observações filosóficas”: reflexões sobre a natureza da filosofia
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i2.1140Palavras-chave:
Wittgenstein; Russell; Tractatus; Observações Filosóficas.Resumo
No presente artigo, analiso a concepção de Wittgenstein sobre a natureza e a função da filosofia, discutindo o seu método deflacionista para o tratamento dos problemas filosóficos. Apresento os motivos pelos quais Wittgenstein teria compreendido a filosofia não como uma atividade descritiva, mas como uma atividade elucidativa, cujo propósito central seria dissolver os problemas filosóficos por meio da análise lógica (e/ou lógico-fenomenológica). Para cumprir este propósito, divido o artigo em três seções, nas quais discuto o pensamento de Wittgenstein a partir do Tractatus Logico-philosophicus (1921), de Some Remarks on Logical Form (1929) e das Philosophical Remarks (de 1929-1930), respectivamente. Nesse percurso, apresento a crítica de Wittgenstein à possibilidade de interpretar a filosofia como uma disciplina que, assim como a ciência, seja capaz de oferecer uma representação teórica sobre algum domínio de objetos ou fatos. Posteriormente, analiso algumas mudanças em sua descrição da atividade filosófica, mostrando que, até o início do período intermediário de sua filosofia, Wittgenstein mantém inalterada a ideia de que a função da filosofia seria a de estabelecer a distinção entre problemas teóricos reais (solucionáveis) e pseudoproblemas filosóficos.
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