Ontologia, desejo e política em Espinosa
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i1.1031Palavras-chave:
Ontologia; Desejo; Política; Espinosa.Resumo
No primeiro movimento o artigo analisa, em panorama, a ontologia espinosana. Após, mostra como, do interior dos conceitos presentes na ontologia, derivam os de homem, desejo, alegria e tristeza, esperança e medo, segurança e desespero, ação e paixão. Da relação entre ontologia, homens e desejo – bem como dos demais afetos –, são extraídas, em breves considerações, algumas teses políticas de Espinosa. Levanta-se, neste movimento argumentativo, a hipótese de que as teses políticas espinosanas derivam de sua ontologia e de sua concepção de homem como desejo e variação de potência. O conceito de desejo é analisado à luz da variação de potência e do tema do direito natural, o qual, em Espinosa, se identifica a potência. Quando das breves derivações à política, algumas teses hobbesianas – relacionadas aos temas da multidão, povo, representação, direito natural, estado civil, etc. – são trazidas à argumentação para que se mostre, por contraste, o peso das inovações espinosanas.
Downloads
Referências
ANDRADE, Fernando Dias. Pax Spinozana: direito natural e direito justo em Espinosa. Tese apresentada ao Departamento de Filosofia da FFLCH-USP. São Paulo: 2001.
ASSIS, Machado de. Casa Velha. Rio de janeiro: ed. Paz e Terra, 1986. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000168.pdf. Acesso: 04 JAN 2019.
AURÉLIO, Diogo Pires. Imaginação e Poder: Estudo sobre a Filosofia Política de Espinosa. Lisboa: edições Colibri, 2000.
BAYLE, Pierre. Dictionnaire historique et critique. Article Spinoza. Disponível em: http://www.spinozaetnous.org/telechargements/Commentaires/Bayle/Bayle_Spinoza.pdf. Acesso: 15 DEZ 2017 [1696].
CAMPOS, André Santos. Ius sive potentia. Individuação jurídico-política na filosofia de Spinoza. Tese apresentada ao Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Lisboa, 2008.
CHAUI, Marilena. A nervura do real: imanência e liberdade em Espinosa. Vol. I: Imanência. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
CHAUI, Marilena. “A estrutura retórica do verbete Spinoza”. In: Kriterion, n. 120, Dez/ 2009, pp. 313-334.
DELEUZE, Gilles. Spinoza et le problème de l`expression. Paris: Les éditions de Minuit, 1968.
DELEUZE, Gilles. Spinoza - Philosophie Pratique. Paris: Les Éditions de Minuit, 1981.
DELEUZE, Gilles. Espinosa: Filosofia prática. Tradução Daniel Lins e Fabien Pascal Lins. São Paulo: ed. Escuta, 2002.
DELEUZE, Gilles. Cursos sobre Spinoza (Vincennes, 1978-1981). Seleção e Introdução de Emanuel A. R. Fragoso e Hélio R. C. Júnior. Tradução Emanuel A.R. Fragoso; Francisca E. B. de Castro, Hélio R. C. Júnior, Jefferson A. de Aquino. Fortaleza: ed. UECE, 2009.
ESPINOSA. Spinoza Opera. Ed. de Carl Gebhardt. Heidelberg: Carl Winter, 4 vols, 1972 [1ª ed. 1925].
ESPINOSA. Correspondência [edição parcial da correspondência]. Tradução de Marilena Chaui. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
ESPINOSA. Correspondencia. Introducción, traducción, notas e índices de Atilano Domínguez. Madrid: Aliança editorial, 1988.
ESPINOSA. Ética. Tradução de Tomaz Tadeu. Edição bilíngue (Latim-Português). Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
ESPINOSA. Ética. Tradução do Grupo de Estudos Espinosanos, da FFLCH USP. Edição bilíngue (Latim-Português). São Paulo: ed. EDUSP, 2015.
ESPINOSA. Tratado Teológico-político. Tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
ESPINOSA. Tratado Político. Tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio. São Paulo: M. Fontes, 2009.
HOBBES. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado Eclesiástico e Civil. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
HOBBES. Do Cidadão. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
HOBBES. De Cive. Edição de Howard Warrender. Oxford: Oxford University Press, 1983.
LUCCHESE, Filippo Del. Conflict, Power, and Multitude in Machiavelli and Spinoza: tumult and indignation. New York/London: ed. Continuum, 2009.
MAQUIAVEL. O Príncipe. Edição bilíngue. Tradução de José Antônio Martins. São Paulo: ed. Hedra, 2011.
MAQUIAVEL. Il Principe. A cura de Luigi Firpo. Torino: Einaudi, 1961. Disponível em: http://www.letteraturaitaliana.net/pdf/Volume_4/t324.pdf. Acesso: 04 JAN 2019.
MATHERON, Alexandre. Individu et communauté chez Spinoza. Paris: Les Éditions de Minuit, 1988.
MONTANS BRAGA, Luiz Carlos. Trama afetiva da política: uma leitura da filosofia de Espinosa. Curitiba: ed. Prismas, 2016.
MORFINO, Vittorio. Le Temps et l'Occasion: la rencontre Spinoza-Machiavel. Tradução de Lucile Langlois e Maxime Giglio. Paris: Garnier, 2012.
NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. Império. Rio de Janeiro: ed. Record, 2001.
NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. Multidão: guerra e democracia na era do império. Rio de Janeiro: ed. Record, 2005.
NIETZSCHE, F. “Carta sobre Espinosa”. Tradução e introdução de Homero Santiago. In: Cadernos Espinosanos 16. São Paulo, FFLCH USP, 2007, pp. 131-137, p. 137.
ORWELL, George. 1984. Tradução de Alexandre Hubner e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam na Griot : Revista de Filosofia mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution 4.0 International License, permitindo compartilhamento e adaptação, mesmo para fins comerciais, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Leia mais...